22/08/2023
Paraná Segurança

Mulher denuncia suplente de deputado federal por agressão

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* Da Redação

Curitiba – Suspeito de agressões contra a ex-noiva em Curitiba, o suplente de deputado federal Osmar Bertoldi (DEM) é procurado pela Justiça há 19 dias. De acordo com reportagem exibida pelo Jornal da Record na noite desse sábado (19), o atual diretor de Programas da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) deveria estar cumprindo prisão domiciliar devido a uma determinação judicial que teve como base a Lei Maria da Penha, mas até o momento ele não cumpriu a pena. (Assista à reportagem clicando aqui)

A vítima, Tatiane Bittencourt, disse à reportagem que as agressões aconteceram após ela desistir do noivado e foram meses de medo e vergonha. “Ele puxou o cabelo, me deu vários socos, prensou contra o chão com as pernas e chegou ao ponto de dar chutes enquanto eu estava no chão (…) Ele então desrespeitou a primeira medida protetiva e começou a pular o muro da minha casa”, relatou.

O exame de lesão constatou ferimentos nos olhos, face, pernas, ombros e até um dente quebrado da vítima.

Bertoldi, por dois mandatos, ocupou cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e chegou a disputar as eleições para a Prefeitura de Curitiba em 2004. Entre janeiro e maio deste ano de 2015, chegou a assumir o mandato na Câmara dos Deputados.

A defesa dele nega as acusações e afirma que qualquer ação do suplente aconteceu para defesa. “Ela o agrediu com socos e tapas. É do nosso conhecimento que ela luta muay thai e que ele apenas tentou acalmá-la”, disse o advogado Rafael Carvalho em entrevista à RIC TV.

DENÚNCIA

Segundo Tatiane, foram meses de medo, mas a denúncia agora tem o objetivo de evitar que outras mulheres passem pela mesma situação. “Ele chegou a me deixar uma semana presa e sempre dizia que ficaria impune”, concluiu.

Também à reportagem do Jornal da Record, a promotora Mariana Seifert Bazzo, coordenadora do Núcleo de Promoção da Igualdade de Gênero (Nupige) do Ministério Público do Paraná, reforçou a importância da denúncia. “Muitas vezes a mulher mesmo não entende que aquela violência pode culminar em sua morte, então assim a importância da denúncia”, explicou.

Cristina Esteche

Jornalista

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