22/08/2023


Geral Paraná

Inquérito contra professores é arquivado

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Com Thiago Araújo do HuffPost

Curitiba – O juiz Davi Pinto de Almeida, da Justiça Militar do Paraná, arquivou o processo que apurava os possíveis excessos de policiais durante o 'massacre' de professores durante um protesto em frente à Assembleia Legislativa do Paraná, em Curitiba, no dia 29 de abril de 2015. Na ocasião, 213 pessoas ficaram feridas.

De acordo com o magistrado, os policiais apenas cumpriram o seu dever e indicou que não existem indícios no processo, cuja denúncia foi oferecida pelo Ministério Público (MP-PR), de que os agentes de segurança tivessem começado as agressões.

Na data da fatídica ação policial, 1.682 policiais militares de todo o Paraná foram deslocados para impedir a entrada de manifestantes na Alep, que votava mudanças no regime previdenciário do funcionalismo público paranaense. Em greve, os professores contavam com o apoio de estudantes contra a medida. Emquanto a repressão ocorria, o projeto foi aprovado.

Apesar de entender que o resultado da ação policial tenha sido 'trágico', o juiz destacou que seria um 'disparate rematado' querer que a tropa policial, durante o exercício da sua função, não causasse eventualmente ferimentos a alguns 'manifestantes em estado de animosidade'. Até mesmo o uso de cães, condenado por especialistas, foi defendido pelo magistrado.

"É impossível ser e não ser; fazer e não fazer". Para ele, a Polícia Militar "praticou previamente ações dissuasórias, adotadas para que as ameaças de invasão não se concretizassem", emendou Almeida, em trecho reproduzido pelo G1, para quem ainda seria impossível julgar os policiais envolvidos na operação por crimes não previstos no Código Penal Militar.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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