22/08/2023


Geral Guarapuava

Trabalhadores de Guarapuava se unem para pressionar contra reformas

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Da Redação

Guarapuava – Sindicalistas, estudantes e trabalhadores de várias categorias, além de lideranças políticas, tomaram conta da Rua XV de Novembro, por volta das 11h desta sexta (28), dia da greve geral deflagrada contras as propostas das reformas Trabalhista e Previdenciária. A estimativa da Polícia Militar é de que mais de 200 manifestantes estavam concentrados na Praça 9 de Dezembro, onde um ato público deu voz aos protestos da classe trabalhadora. De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos e Professores Municipais de Guarapuava (Sisppmug), Cristiane Wainer, 20 sindicatos locais estão unidos nessa luta. A mobilização não só atraiu a classe trabalhadora, como também lideranças políticas que atuam em defesa da categoria.

O movimento é considerado simbólico como forma de pressionar deputados federais e senadores a derrubaram as propostas das reformas Trabalhista e Previdenciária.

Para o deputado Tadeu Veneri (PT), presente na manifestação, a greve representa um processo histórico no país. “Não que não tenha acontecido grandes lutas até 1967 – um histórico de resistência. Mas nos últimos 20 anos caminhamos para uma acomodação onde todas as nossas conquistas vinham de forma consensual. E quando percebemos que o golpe contra a presidente Dilma não foi político, mas por uma questão financeira, trabalhista, é preciso que nos unamos para pressionar deputados estaduais, federais, senadores; para que outras mobilizações sejam feitas até que se sensibilizem, ouçam a população e não aprovem a reforma, caso contrário, teremos que lutar por muitas décadas para recuperar os direitos perdidos.”

Trabalhando na construção civil há mais de 30 anos, seu Ariovaldo Chagas disse que a iniciativa do governo provocou uma desolação. “Você trabalha a vida inteira, paga impostos, e quando pensa que vai se aposentar vem uma pancada dessas. Os políticos não podem fazer isso com o trabalhador brasileiro”, diz.

A caminhada teve como ponto final o terminal Estação da Fonte, no Centro de Guarapuava. Nesse local é possível ver o esvaziamento nos boxes onde os usuários costumam esperar os ônibus. “Está vazio desde cedo”, disse a diarista Marli do Rosário. “Precisamos parar para não perder o pouco que ainda temos”, afirma.

Cristina Esteche

Jornalista

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