Guarapuava necessita de nova unidade prisional, diz Cartaxo

Da Redação

Guarapuava – O diretor do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), Luiz Alberto Cartaxo Moura, disse nesta sexta (18), em Guarapuava, que o município necessita de uma nova unidade prisional. “Guarapuava precisa da construção urgente de mais uma unidade prisional porque a demanda de presos aqui é muito grande”. A afirmação foi feita durante a reinauguração de parte da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), destruída na rebelião ocorrida em outubro de 2014.

De acordo com Cartaxo, o Governo está licitando empresa especializada na construção de presídios para a obra em Piraquara, com 670 vagas, e conclusão em oito meses. “Quero repicar esse modelo em Guarapuava”. Para que isso aconteça, o Depen conta com recursos de R$ 75 milhões que serão destinados ao Paraná até 31 de dezembro de 2017, por determinação judicial da ministra Carmen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Esse recurso é parte do descontingenciamento do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) que vai permitir a execução de obras nos presídios e assegurar um tratamento mais digno aos detentos. “A perspectiva é de que esse recurso seja liberado e Guarapuava está nos meus planos”. A nova unidade, uma Casa de Custódia para presos que ainda não foram a julgamento, poderá ser construída em anexo à PIG e ao Centro de Regime Semi Aberto de Guarapuava (CRAG).

Com a concretização dessa obra, a Cadeia Pública será desafogada e poderá ser transformada num presídio feminino. Uma das maiores reivindicações que vem sendo feita ao longo dos últimos oito anos é a separação física da Cadeia Pública, cuja responsabilidade é do Depen, da Delegacia de Polícia Civil. “Quero livrar a Polícia Civil desse ônus”, assegura Cartaxo, que é delegado de polícia.

O CRAG, por sua vez, evolui para uma unidade de progressão de pena, onde o preso utilizará tornozeleira eletrônica, trabalhará durante o dia e à noite dormirá em casa. “É a ressocialização e a reinserção do preso à sua família”, observa Cartaxo. Segundo o diretor do Depen, é uma outra forma de gestão.

Luiz Alberto Cartaxo Moura não veio a Guarapuava com as mãos vazias. Durante a reinauguração da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), ele disse à RSN que dentro de 90 dias, o órgão terá efetivado o Setor de Operações Especiais (SOE). “Estamos com um curso de capacitação em Ponta Grossa e em seguida traremos a Guarapuava. Logo após a capacitação, o SOE será efetivado”, assegura Cartaxo. A implantação do SOE na PIG aconteceu logo após a rebelião ocorrida em outubro de 2014. Porém, até agora não entrou em operação.

Criado em 2010, o SOE atua dentro dos presídios como uma força auxiliar dos agentes prisionais. Ao atuar em estabelecimentos penais, o principal objetivo do SOE é o de proporcionar segurança interna e externa, em substituição à Polícia Militar.