22/08/2023


Geral Guarapuava

Família de vítima na BR 277 pede justiça contra motorista que causou acidente fatal

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Da Redação

Guarapuava – “Queremos justiça e que o responsável pela morte do nosso pai seja julgado, e não importa quando”. Com esta afirmação familiares do senhor Dinarte de Oliveira, de 63 anos, vítima de acidente fatal na BR 277, pedem que o autor do acidente seja indiciado por crime doloso, ou seja, aquele que tem a intenção de matar.

De posse de cópia do boletim de ocorrência da Polícia Civil, contendo depoimento de policial rodoviário federal e de testemunhas, Adegildo e Agesildo de Oliveira, filhos da vítima, já constituíram advogado para levar essa intenção adiante. “Nosso pai era um homem de família, íntegro, honesto, trabalhador e foi morto por um irresponsável, bêbado, quando estava indo trabalhar”, diz Agesildo, o rapper Tizil.

Eram 5h40 da manhã do último domingo (15) quando Dinarte ligou seu veículo Kombi e foi pegar o turno numa empresa às margens da BR 277. Ele era vigia. Em determinado trecho, um veículo Gol, também com placas de Guarapuava, vinha na contramão. O veículo à frente da Kombi conseguiu desviar, mas Dinarte, não. A colisão frontal matou o vigia na hora.

O motorista que provocou a batida, Jolcindo Julião, morador no Bairro Primavera, segundo o BO, dirigia embriagado, sem carteira de habilitação, suspensa já por embriaguês ao volante, e na contramão da rodovia.

“Já pegamos advogado e vamos entrar com ação pedindo a qualificação do crime como doloso. Quem faz isso, o que esse motorista fez, é porque quer matar alguém”. De acordo com Agesildo, que foi ver os dois veículos depois que reconheceu o corpo do pai no Instituto Médico Legal (IML), no Gol havia latas de cerveja e carne.

“Já sabemos que esse motorista tinha saído de uma festa na Primavera e que depois foi pra rodovia. Ele tirou a vida de um presbítero da igreja, de um homem de fé que só pensava em trabalhar. Por isso estamos pedindo justiça”.

 A família também está organizando um protesto. “Vamos chamar todos as famílias que perderam alguém em acidente de trânsito. Chega de impunidade. Enquanto não houver justiça, mais vidas serão perdidas pela irresponsabilidade de motoristas”.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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