Joaquinzão pode estar condenado, aponta laudo do MP

Da redação – O laudo da engenheira perita Vera Lucia de Campos Correa Shebalj, indicada pelo Crea para vistoriar a quadra do Ginásio de Esportes Joaquim Prestes, a pedido do Ministério Público, mostra que apenas a troca do piso na quadra onde o atleta Robson Rocha foi ferido mortalmenete, não vai adiantar.

Será preciso fazer uma inspeção geral atingindo desde a rede de energia elétrica, a estrutura predial, até a possibilidade de infiltrações.

O anúncio foi feito pela promotora Bianca Malachine à Rede Sul de Notícias na tarde desta segunda-feira (24). Ela disse que a Prefeitura já foi comunicada sobre essa exigência e terá um prazo de 30 dias para fazer o levantamento.

"Só depois dessa inspeção de nível 2 é que será possível saber quais reparos serão feitos", disse a promotora.

Esta será a segunda reforma pela qual o Joaquinzão vai passar em menos de 4 anos. A primeira foi feita em 2006 e serviu como "pano de fundo" para a candidatura do ex-deputado Fernando Carli Filho, custando aos cofres públicos entre R$ 150 mil e R$ 170 mil, segundo informações de funcionários da Secretaria de Esportes ligados ao ex-secretário Altino Nizer. A Prefeitura nunca revelou esse custo.

Inaugurado sob o discurso do prefeito Fernando Ribas Carli de que é o ginásio mais moderno do interior do Paraná, o Joaquinzão, porém, revelou sua vulnerabilidade e colocou em xeque a qualidade do material utilizado na reforma, principalmente, da quadra. Dois acidentes provocados pela soltura de lascas do piso de madeira já tinham sido registrados antes da morte de Robson Rocha. A Prefeitura nunca tomou providências e limitou-se a dizer que desconhecia esses fatos. O secretário municipal de Esportes, Pablo Almeida fez várias tentativas de passar por cima da ordem do MInistério Público, que impediu a reforma no piso antes da pericia do Crea. Um piso temporário foi alugado e pouco antes de ser colocado também foi reprovado pela perícia.