Lava-carros precisarão cumprir novas normas de legislação ambiental, em Guarapuava

Donos de  empresas de lavagem de veículos, os lava-carros, tem agora o compromisso de cumprir as normas da nova legislação ambiental, instituídas em Guarapuava pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente (Cema). Embora as micro empresas individuais (MEIs) sejam dispensadas da legislação estadual, para normatizar a atividade no município e proteger o meio ambiente, o Conselho Municipal do Meio Ambiente (Cema) normatizou a atividade e a nova legislação já está em vigor.

De acordo com o engenheiro ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Cleverson Luiz Dias Mayer, a última pesquisa realizada, há cerca de dois anos, apontou a existência de 200 estabelecimentos do segmento na cidade. Porém, esse número já é maior e, por isso, a necessidade de critérios específicos para a emissão do licenciamento.

“O Cema pegou a tabela estadual e criou normas específicas para a classificação por porte da atividade poluidora”. Segundo Cleverson, muitos empreendedores perfuram poços artesianos e outros utilizam a água de rios próximos negócio. A atividade, porém, se não estiver dentro das normas, pode prejudicar o meio ambiente.

A lavagem de veículos resulta em uma liberação de produtos poluidores que chega através de canaletas aos coletores de esgoto, podendo causar a obstrução das redes e danos aos equipamentos e instalações das estações de tratamento.

De acordo com as normas ambientais, os lava-carros precisam instalar recipientes próprios para filtrar e armazenar o óleo utilizado na pulverização dos veículos. Tal procedimento separa o óleo da água de modo a liberar apenas a água. Quando o reservatório destinado a armazenar o óleo atinge sua capacidade máxima, empresas especializadas devem retirar o produto e dar o correto destino a ele, garantindo assim segurança ao meio ambiente.

“Por isso a necessidade de ter uma licença para melhora a qualidade ambiental dessa atividade”. Segundo Cleverson, é preciso ter um projeto ambiental para que o sistema de tratamento de efluente e a destinação correta dos resíduos perigosos gerados. “Uma estopa com óleo, por exemplo, não pode ir pra coleta convencional”.

A nova legislação prevê também a regularização desses empreendimentos em Guarapuava. “Alguns tem alvarás, outros não. Agora todos terão que se regularizar”.

Segundo Cleverson, o Cema conta com 22 membros e é paritário. “A própria sociedade está vendo a necessidade de se ter um olhar para melhorar o meio ambiente”.

OFICINA

Na próxima quarta feira (11), a Agência do Empreendedor e o Sebrae, em Guarapuava, realizam uma oficina técnica sobre licenciamento ambiental, das 19h às 21h, no Sebrae.