Após mais de cinco meses desde o dia em que saiu de casa e não mais voltou, o desaparecimento de Acir Roberto de Almeida, em Guarapuava, continua sem solução.
Ele foi sequestrado no dia 30 de novembro e extorquido em mais de R$ 100 mil, valor que estava depositado numa conta bancária. Oito pessoas foram presas por envolvimento em transações financeiras feitas com o dinheiro retirado pela própria vítima e entregue a um vizinho, que confessou o sequestro mediante extorsão. Com ele e mais outro homem, a polícia civil recuperou R$ 80 mil e uma caminhonete de propriedade da vítima.
De acordo com o delegado Bruno Maciozek, que preside o inquérito, os presos continuam sustentando a tese inicial de que Acir teria simulado o próprio sequestro, ficado com parte do dinheiro sacado, chamado um Uber e sumido. Para sustentar essa versão, o suspeito da autoria, que foi preso junto com outro homem após ter ateado fogo na caminhonete de Acir, fez montagens amadoras no perfil da vítima em redes sociais, dando a entender que a vítima estaria trabalhando no Mato Grosso.
A polícia, porém, continua tratando o caso como extorsão mediante sequestro e seguido de assassinato. O que “emperra” a solução do caso é que nenhum suspeito revela onde está o corpo de Acir. Porém, de acordo com o criminalista Loêdi Lisovisk, professor de Direito Penal da Faculdade Guarapuava, em live com o RSNTV, casos como esse são complexos.
“Existe uma dificuldade, mas não existe o corpo. A pergunta é: existe uma testemunha”? Segundo Loêdi, no caso de não haver o corpo, informações de uma testemunha devem suprir essa falta.
Ele cita como exemplo, o caso envolvendo o goleiro Bruno em que uma testemunha afirmou que a modelo e atriz Elisa Samudio teria sido morta por estrangulamento. Em seguida, o cadáver teria sido esquartejado e enterrado sob uma camada de concreto. O corpo, entretanto, ainda não apareceu.
No caso de Acir, segundo o criminalista, o Estado tem que dar uma resposta.