22/08/2023



Brasil Cotidiano Educação

Mais de 5 milhões de alunos farão provas nos dias 3 e 10 de novembro

Os mais de 5 milhões de estudantes que farão o exame, poderão usar as notas para acessar o ensino superior dentro e fora do país

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Mais de 5 milhões de alunos farão provas nos dias 3 e 10 de novembro (Foto: Divulgação)

Os mais de 5 milhões de estudantes que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) domingo (3) e dia 10 poderão usar as notas que obtiverem para acessar o ensino superior dentro e fora do país. De acordo com a Agência Brasil, as oportunidades são muitas. Mas uma das principais condições para participar dos processos seletivos é não zerar a redação.

Todas as universidades federais do país usam o Enem de alguma forma, como processo seletivo único ou como uma das formas de admissão. Para ingressar em instituições públicas federais, estaduais e municipais, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que ocorre duas vezes por ano, é uma das principais formas de acesso.Na primeira edição deste ano foram ofertadas mais de 235 mil vagas distribuídas em 129 universidades públicas do Brasil. Na segunda edição, foram mais de 59 mil vagas em 76 instituições públicas. As instituições particulares também admitem estudantes com base na nota do Enem, por meio de programas do governo federal ou mesmo por processos próprios.

ProUni e Fies

O Programa Universidade para Todos (ProUni) oferece bolsas de estudos nessas instituições. Neste ano, foram ofertadas, no primeiro semestre, cerca de 244 mil bolsas de estudo em 1,2 mil instituições particulares de ensino. No segundo semestre, o total de bolsas foi 169 mil, em 1,1 mil instituições em todo o país.

Também com base nas notas do Enem é possível concorrer a financiamentos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Neste ano, foram ofertadas 100 mil vagas na modalidade juro zero. Fora do país, o Enem também pode ser usado para admissão em universidades. Em Portugal, o exame é aceito como forma de ingresso em 42 instituições de ensino.

Entretanto, o Enem, que era usado para avaliar os estudantes do ensino médio, começou em 2009 a servir para o ingresso no ensino superior, ganhando uma roupagem de vestibular. A mudança trouxe vantagens, de acordo com especialistas. Não é mais necessário pagar várias taxas de vestibular e viajar o país para ter acesso a instituições de ensino superior.

Mudanças

Esta é a última edição do Enem inteiramente de papel. A partir do ano que vem, a prova começa a ser aplicada, ainda em versão teste, digitalmente. Até 2026, as provas deverão ser todas feitas pelo computador. Com isso, a intenção é que o exame seja aplicado mais de uma vez por ano.

O exame também deverá ser reformulado para atender ao novo ensino médio, que ainda está em fase de implementação. Conforme o novo modelo, os estudantes terão uma formação comum, definida pela Base Nacional Comum Curricular. Com isso poderão, no restante da formação, escolher uma especialização por itinerários formativos. De acordo com a Base Nacional, os itinerários são: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e ensino técnico.

A intenção é que, quando o modelo estiver em prática, o que deverá ocorrer em 2021, o Enem também se adeque. Assim passará a oferecer várias opções de prova para cada itinerário escolhido pelo estudante, além de avaliar a parte comum.

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Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN.

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