22/08/2023


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Enem dos próximos anos será um exame técnico, diz ministro

Sobre o Enem o ministro da Educação afirmou que “o objetivo é que seja feita uma seleção justa para todos os brasileiros”

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O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, e o presidente do Inep, Alexandre Lopes, fazem balanço sobre o ENEM 2019

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será, nos próximos anos, “um exame técnico e não ideológico”, afirmou hoje (10) o ministro da Educação, Abraham Weintraub. “O objetivo é que seja feita uma seleção justa para todos os brasileiros”, disse.

Conforme explicou a Agência Brasil o Enem 2019 foi aplicado no dia 3 e nesse domingo (10) e contou com cerca de 3,9 milhões de estudantes de todo o país. Na análise de especialistas, o exame deste ano foi mais conteudista que de anos anteriores.

“[O estudante] não vai precisar mais ficar buscando nos manuais de esquerda ou de direita ou em qualquer lugar que seja, ideologias”, disse. “Como foi para a redação. [O participante] poderia escrever uma redação de esquerda, de direita ou técnica. Queremos apenas ver quem sabe elaborar uma boa redação. As questões foram feitas com esse intuito, selecionar as pessoas mais bem preparadas”.

tema da redação este ano foi Democratização do acesso ao cinema no Brasil.

QUESTÕES

Segundo o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, as questões deste ano foram todas retiradas do Banco Nacional de Itens (BNI), e já estavam elaboradas. Assim, para integrar o BNI, as questões passam por um longo processo de aprovação e testagem.

“Não houve direcionamento para mais ou menos conteudistas”, disse Lopes. “O que houve foi a equipe buscando dentro do Banco de Itens uma prova equilibrada, que cobrisse matrizes do Enem. Para oferecer às universidades um conjunto de alunos com boas notas, para escolherem os melhores para seus cursos”.

Além disso, neste ano, o Inep criou uma comissão para definir o que não seria usado no Enem 2019. De acordo com nota técnica publicada pela autarquia, a comissão, criada no dia 20 de março deste ano, deveria “identificar abordagens controversas com teor ofensivo a segmentos e grupos sociais, símbolos, tradições e costumes nacionais”. E, com base nessa análise, recomendar que tais itens não fossem usados na montagem do exame deste ano.

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Cristina Esteche

Jornalista

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