Odir pode enfrentar ‘velhos’ nomes da política pinhãoense

Odir Gotardo, pré-candidato à reeleição em Pinhão (Foto: Ascom/Prefeitura de Pinhão)

O prefeito de Pinhão, Odir Gotardo (PT) confirmou que é pré-candidato à reeleição nas eleições de 2020. Com um mandato onde a participação da comunidade é prioritária, Odir acumula projetos em várias áreas. Porém, a geração de renda é uma das prioridades e ações envolvem cerca de 200 famílias.

De acordo com a administração municipal, são eles: Associação Mãos Amigas, Felicidade em Produção, 28 agroindústrias familiares formalizadas. A criação da Bufunfa, moeda fictícia que circula na Feira do Produtor, como apoio aos feirantes, é destaque nacional. Assim, há também o programa de incentivo a produtores de pepinos.

Entretanto, há outros programas que são destaques nacionais. Assim, despontam como modelos projetos na área ambiental, setor que até então não tinha merecido o ‘olhar’ de gestões anteriores. Pelo contrário, o município colecionava problemas, irregularidades e ações judiciais.

A OPOSIÇÃO

Porém, o trabalho de Gotardo deverá ser julgado pelos eleitores ao lado de candidatos oposicionistas. Até o momento são seis nomes que circulam nos bastidores da política local. Entre os quais dois ex-prefeitos: Dirceu de Oliveira (PSD) e José Vitorino Prestes (PP). Ele deverá deixar o partido para entrar no PSB.

José Vitorino Prestes (Foto: Arquivo/RSN)

Caso o nome de José Vitorino seja confirmado ele vai concorrer ao terceiro mandato no Executivo. Ele já comandou o Pinhão de 2005 a 2012. Entretanto, por conta de irregularidades, teve o mandato cassado judicialmente por desvios de verbas públicas. Além da perda do mandato, foi condenado a dois anos de prisão.

Porém, não chegou a ser preso porque a lentidão da justiça fez com que o crime prescrevesse. Esse desvio foi em 1994 quando era vice-prefeito de Antenor Hemmig, que também teve o mandato cassado. Além desse histórico ‘pesado’, José Vitorino também teve as contas reprovadas pelo Tribunal de Contas do Paraná, em 2011.

Todavia, a Câmara de Vereadores da época não levou em consideração a indicação do Tribunal e deu a aprovação a José Vitorino. Porém, agora o ex-prefeito cassado exibe documentos de que já está apto a retornar a concorrer novamente.

(Foto: Arquivo/RSN)

Multas, contas desaprovadas, promessas não cumpridas como a implantação de um laticínio, de um hospital municipal e abatedouro de aves, são cobranças que envolvem Dirceu de Oliveira nas redes sociais. Assim, há pouco tempo, o ex-prefeito teve as contas do Consórcio Vale do Rio Jordão desaprovadas. Ele presidiu o consórcio enquanto era prefeito.

Rodrigo Dellê (Foto: Divulgação)

VELHOS CONHECIDOS

Entretanto, os novos nomes que podem ter candidaturas confirmadas são velhos conhecidos do eleitor pinhãoense. De acordo com o cenário político analisado pelo Portal RSN, o presidente da Câmara, vereador Rodrigo Dellê Lima, foi ex-chefe de gabinete na gestão de Dirceu Oliveira.

Rodrigo teve o seu nome lançado pelo ex-vereador Aroldo Domingues, presidente do Cidadania. Liderança que já foi ligada a José Vitorino Prestes. Aroldo foi secretário de agricultura do ex-prefeito Vitorino. O partido que preside o Cidadania, antigo PPS, também esteve na base do Dirceu de Oliveira.

EMARANHADO

Assim, nesse emaranhado político que envolve o município, surge também o nome de Luciano Padilha. Vereador pelo PSC, e com os pés no Republicano, Luciano integra o grupo político liderado pelo ex-vice prefeito de José Vitorino, Paulo Basílio. Ele comandou o município no final de 2012 após a cassação do mandato do então prefeito. Ele também sofreu a interferência do Tribunal de Contas por irregularidades.

Entretanto, a sua esposa, Noriam Coelho, foi condenada a devolver R$ 91.029,66 aos cofres públicos. Foi por acumular duas funções públicas ao mesmo tempo. Assim, ela embolsava salários como secretária de educação e como professora. Entre esse vai-e-vem entre um grupo e outro, Noriam ocupou a titularidade da Educação também na gestão de Dirceu.

Luciano (Foto: Divulgação)

Essa peculiaridade também atinge Luciano. Ele compôs a equipe de José Vitorino em 2005 e foi secretário de finanças de Paulo Basilio no final de 2012. Todavia, o seu grupo rompeu como Vitorino e em 2012 apoiou Dirceu de Oliveira. Entretanto, em 2016 voltou para a base de José Vitorino ao apoiar a candidatura de Jose Francisco (Juca).

E é nesse cenário cheio de conexões entre grupos que se separam e reatam, que desponta outro pré-candidato a prefeito. Eleito pelo PP, porém, de ‘malas prontas’  para o Republicano, Jerson conseguiu rejeição nas redes sociais ao chamar uma mulher de ‘lavadeira’. O tom pejorativo provocou o repúdio e aqueceu comentários contrários a ele nas mídias ‘on-line’.

Letícia Martins (Foto: Divulgação)

Entretanto, é nesse cenário de ligações entre um e outro que a então correligionária de Dirceu de Oliveira, Letícia Martins, tem o seu nome postulado para possível candidatura majoritária. Porém, para isso ela deve deixar o PSD, partido do ex-prefeito. O Portal RSN tentou contato com todos os pré-candidatos citados, incluindo o atual prefeito. Todavia, não conseguiu conversar com nenhum deles.

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