22/08/2023


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Guarapuavanos em Londres relatam a angústia de querer voltar para casa

O casal André Kultz e Deyse Scheerer e mais 4 primos saíram em férias, e no aeroporto de Londres contaram ao Portal RSN a dificuldade para conseguir voos

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Guarapuavanos e primos no exterior (Foto: André Kultz)

*Reportagem com vídeo

O que seriam férias planejadas já há algum tempo, acabou se transformando em angústia e incertezas para um casal de guarapuavanos. O engenheiro André Kultz e a esposa – a perita oficial – Deyse Scheerer, além de mais dois casais de primos saíram do Brasil no dia 6 de março. De acordo com o casal, o destino era a Europa. Porém, a viagem foi interrompida pela pandemia do coronavírus.

Conforme Deyse, o desafio agora é retornar para Guarapuava. O grupo está em Londres, no aeroporto de Heathrow tentando um voo para Dubai. Se der certo, eles embarcariam hoje (19), às 16h (horário de Brasília). Entretanto, até a publicação desta reportagem eles não sabiam se conseguiriam voar rumo ao Rio de Janeiro e de lá chegar em casa.

Assim, em relato feito ao Portal RSN, o casal conta que quando o grupo chegou a Londres, estava tudo tranquilo. “As poucas pessoas realmente se cuidando eram os chineses, que estavam usando máscara e luvas. Durante a viagem, o número de chineses fazendo turismo era bem elevado”.

Aeroportos lotados (Foto: André Kultz)

Porém, segundo Deyse, quando houve o anúncio do fechamento das fronteiras, a população entrou em pânico. Os estabelecimentos começaram fechar, o número de pessoas nas ruas diminuiu, os mercados começaram a ter os estoques esgotados. “Logo em seguida, nosso voo foi cancelado e não conseguimos reembolso”.

Conforme o agrônomo André Kultz, o grupo estava em Edimburgo na Escócia, quando soube que as fronteiras foram fechadas. “Nesse mesmo dia cancelaram o nosso trem para Paris. Mas conseguimos chegar a Londres, onde estamos ‘presos’. Tudo que era interno na Europa foi cancelado”.

SEM REMARCAR

Dessa maneira, André disse que eles tentaram remarcar a passagem de Roma, na Itália, para o Brasil, conforme o roteiro programado. “Como não conseguimos remarcar e nem recebemos os valores de volta, precisamos comprar outra passagem que seguiu por Dubai. Aí veio a informação de fechará Dubai também, mas a partir de amanhã”.

Assim, Deyse conta que eles encontraram dificuldades em comprar a nova passagem, porque quase todas as companhias paralisaram. “Os aeroportos ficaram abarrotados de gente tentando voltar para a cidade ou país de origem”.

Todavia, o grupo teve que optar pela única companhia aérea disponível e para Dubai, “consideravelmente mais onerosa”. Assim, embora tenham comprado a passagem para sair de Londres, o grupo enfrenta a incerteza se haverá a confirmação do novo destino.

“Nosso receio é que hajam novos cancelamentos e que não consigamos chegar ao Brasil. Caso isso ocorra, procuraremos a embaixada. Se tudo der certo como o esperado, ao chegar no Brasil, tomaremos os cuidados necessários, fazendo exames e ficando em quarentena”.

Entretanto, segundo o agrônomo André Kultz, quando aterrissarem no Rio de Janeiro, “se conseguirmos”,  eles ainda não saberão como chegar a Guarapuava e em Fazenda Rio Grande, no caso dos primos Manoely Leme Barbosa e Diego Ferreira Barbosa, Lucas Moreira e Gabrieli Albuquerque.

“Estamos pensando em tentar conseguir um voo ou alugar um carro, mas não sabemos quando “.

QUESTÃO CULTURAL

Pessoas sem máscaras se misturam a outras que são prevenidas (Foto: André Kultz)

A diferença de cultura entre os países e a influência desta no trato contra a Covid-19, chamou a atenção dos guarapuavanos. De acordo com André Kultz, enquanto asiáticos se previnem cobrindo o corpo e usando máscaras, indianos, brasileiros e outras nacionalidades ficam descobertos, à mercê do coronavírus.

Veja esse depoimento em vídeo com exclusividade para o Portal RSN.

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Cristina Esteche

Jornalista

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