O Porto de Paranaguá fechou março com a maior movimentação mensal já registrada no Corredor de Exportação. De acordo com a Agência Estadual de Notícias foram embarcadas pelo porto paranaense 2,4 milhões de toneladas de soja, em grão e farelo. Assim, o volume é 51% maior que o movimentado no mesmo mês de 2019 e supera em mais de 180 mil toneladas o recorde anterior, de 2,2 milhões de toneladas, alcançado em junho do ano passado.
De acordo como diretor-presidente Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, o resultado positivo, mesmo diante das adversidades da Covid-19, mostra a eficácia das medidas de segurança adotadas, desde janeiro, pela empresa pública.
Nossa preocupação com a saúde dos trabalhadores portuários, caminhoneiros e tripulantes sempre está em primeiro lugar. Precisamos garantir um ambiente seguro para que eles tenham confiança e mantenham os serviços que são essenciais para o país.
Segundo ele, o novo recorde também comprova a força do agronegócio. “A safra foi muito boa. Além disso, o câmbio foi favorável para as exportações. Os portos do mundo todo têm um papel importante para a segurança alimentar e estão inseridos em uma cadeia de negócios que gera milhões de empregos, no campo e na indústria”, completa.
CORONAVÍRUS
Os portos paranaenses foram os primeiros do Brasil a montar uma estrutura completa para o atendimento primário de saúde, no cais e no pátio de triagem de caminhões. Assim, equipes médicas atendem 24 horas, todos os dias, com aferição de temperatura, orientações e o devido encaminhamento dos casos necessários.
A empresa pública também adquiriu 20 mil litros de álcool em gel; 144 litros de sabonete antisséptico (usados em ambientes hospitalares); 5 mil pares de luvas; 10 mil unidades extras de máscaras cirúrgicas; 21 tendas e cabines elevadas; 200 metros lineares de grade de isolamento, 32 chuveiros, 60 pias e lava-pés com hipoclorito de sódio.
SOJA
Além disso, a exportação de soja foi a grande responsável pelo desempenho histórico. Nove terminais privados e dois públicos do complexo movimentaram dois milhões de toneladas em grãos e cerca de 463,6 mil toneladas de farelo. A carga encheu, no mês, os porões de 40 navios.
O setor, que no primeiro bimestre do ano estava apreensivo com o atraso no plantio, comemora. Segundo Helder Catarino, representante da Interalli e um dos diretores da Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá (ATEXP), a falta de chuva no final do ano passado atrasou a colheita para o final de fevereiro e o início de março.
No primeiro trimestre, o Corredor de Exportação de Paranaguá movimentou 4,72 milhões de toneladas de granéis. Desse total, 3,3 milhões de soja em grão, 1 milhão de farelo de soja e 297 mil toneladas de milho. O volume movimentado nos três primeiros meses de 2020 é quase 12% maior que o registrado no mesmo período de 2019.
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