Uma série mortes de detentos registrada na Cadeia de Guarapuava, desde o ano passado, fez com que o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) desencadeasse uma grande operação que investiga as execuções encabeçadas por facções criminosas rivais que atuam no tráfico de drogas no Estado. Os primeiros interrogatórios teriam ocorrido no ano passado. Uma coletiva de imprensa, às 10h30, deve dar maiores detalhes sobre as prisões e apreensões.
Desse modo, desde as primeiras horas da manhã desta quinta (20), a movimentação de viaturas é grande em diversas Regiões da cidade. Esta é a primeira fase da operação, e esta sendo desencadeada Guarapuava e Região e ainda em Curitiba e Região Metropolitana. Assim, policiais do Gaeco e polícias Civil e Militar participam da ação. De acordo com a Polícia Militar, mais de 200 policiais participaram desta primeira fase.
Segundo informações, a ação conjunta deve cumprir 54 mandados de prisão e outros 32 mandados de busca e apreensão em casas. Desde as primeiras mortes, foram interrogadas, pelo menos 300 pessoas em todo o Estado. Ontem (19), a chefia da cadeia de Guarapuava confirmou a quinta morte dentro do estabelecimento prisional neste ano.
Conforme o Ministério Público de Guarapuava, além das mortes, os integrantes da célula da organização criminosa, que tem atuação em presídios de todo o país, também seriam responsáveis por episódios de espancamentos e tortura de detentos dentro da cadeia. A motivação seria dívidas por drogas.
Até o momento, durante o cumprimento dos mandados de prisão preventiva, foram apreendidos uma pistola, três espingardas, dois revólveres, quantidades de crack, cocaína, maconha e rebite, além de comprovantes de depósitos em favor de pessoas ligadas a organização criminosa e R$ 8 mil em espécie.
LISTA APONTA 50 SENTENCIADOS A MORTE
Porém, informações repassadas ao Portal RSN no dia 18 de agosto, apontam a existência de uma lista de ‘jurados de morte’, na cadeia de Guarapuava e em outras do Paraná. São 50 presos que há tempos estavam sob a liderança de Fábio Stringni Kisiaskiewcz, o Fabião.
Conforme as informações, Fabião liderava uma ala da cadeia de Guarapuava e impedia que qualquer preso que ali estivesse fosse “batizado” pelo Comando. “Ele também não deixava que ninguém do Comando entrasse na galeria que ele comandava”.
Entretanto, conforme informações, Fabião foi morto em Piraquara, para onde tinha sido transferido. No entanto, aqueles que faziam parte do seu comando estão sendo executados. “Esses dois já foram mortos por isso. Alguns continuam na cadeia aqui de Guarapuava e outros estão espalhados pelas cadeias do estado, mas todos, segundo o comando, devem morrer”.
MORTES 2019
Em 2019, a primeira morte aconteceu no dia 7 de março, quando Crisley Junior Vaz de 23 anos foi encontrado morto por enforcamento. Em seguida, no dia 24 do mesmo mês, Samuel da Cruz Wass, 23 anos, também morreu enforcado em uma das celas do cadeião. No 25 de abril, também numa das celas, mas nesta vez na PIG, o jovem Leonardo Martinelli de 26 anos foi encontrado pendurado por um lençol.
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