Os testes da vacina contra a Covid-19 desenvolvida em conjunto pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca foram suspensos temporariamente conforme anunciou a empresa nesta terça (8). De acordo com o Portal G1, a farmacêutica esclareceu que um dos voluntários no Reino Unido apresentou uma reação adversa. Tal condição pode estar vinculada à vacina. A empresa ativou o protocolo de segurança.
Porém, a empresa não divulgou detalhes do caso. Porém, o jornal “The New York Times” informou que o paciente teve mielite transversa, uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal. Segundo a AstraZeneca, o “procedimento padrão de revisão” dos estudos houve pausa na vacinação “voluntariamente para permitir a revisão dos dados de segurança por um comitê independente”.
“Esta é uma ação rotineira que deve acontecer sempre que for identificada uma potencial reação adversa inesperada em um dos ensaios clínicos, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos estudos.” Na mesma nota, a farmacêutica ainda ressaltou que trabalha na revisão do caso do paciente.
“Em grandes ensaios, os eventos adversos acontecem por acaso, mas devem ser revistos de forma independente para verificar isso cuidadosamente. Estamos trabalhando para acelerar a revisão de um único evento para minimizar qualquer impacto potencial no cronograma do teste. Estamos comprometidos com a segurança de nossos participantes e os mais altos padrões de conduta em nossos testes”.
APOSTA DO MINISTÉRIO
A vacina de Oxford/AstraZeneca é a principal aposta do Ministério da Saúde para imunizar a população. Desse modo, ao todo, o Brasil prevê desembolsar R$ 1,9 bilhão com a vacina. Sendo R$ 1,3 bilhão para pagamentos à farmacêutica. Outros R$ 522,1 milhões para a produção das doses pela Fiocruz/Bio-Manguinhos. Por fim, R$ 95,6 milhões para a absorção da tecnologia pela Fiocruz.
O ministro-interino da saúde, Eduardo Pazuello, chegou a dizer também que planeja a campanha de vacinação contra a Covid-19 para janeiro de 2021. Assim, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por autorizar os testes no Brasil, disse ter sido avisada da suspensão. “A agência aguarda o envio de mais informações sobre os motivos da suspensão para analisar os dados e se pronunciar oficialmente”.
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