22/08/2023


Política em rede

As duas mulheres que podem administrar a ‘Princesa dos Campos Gerais’

Além das eleições em Ponta Grossa, leia também que o Pinhão elegeu o inelegível e tem suplente de vereador sem voto

Ponta_Grossa-Paraná-Brasil

As duas mulheres que podem administrar a ‘Princesa dos Campos Gerais’  (Foto: Reprodução/Wikipedia)

Ainda vamos falar em eleições municipais. Afinal, temos municípios que terão segundo turno e outros ainda sem definição. No primeiro caso, em Ponta Grossa duas mulheres se enfrentam nas urnas. De um lado, a deputada Mabel Canto (PSC). De outro, a atual vice-prefeita, Elizabeth Schmidt(PSD).

Assim, como ocorreu em Guarapuava, a ‘guerra’ dos números estampados em pesquisas, podem dar um parâmetro do potencial da disputa. Entretanto, as tendências ‘dançam conforme a música’.  Se nos dois últimos dias uma pesquisa mostrava que as candidatas estavam literalmente empatadas, hoje os números são outros. Mabel Canto, segundo a consulta popular, abre vantagem de 10 pontos sobre a professora.

(Foto: Reprodução/Facebook)

De acordo com assessores da filha do popular Jocelito Canto, a estratégia continua sendo a mesma do primeiro turno. Ou seja, uma campanha propositiva, ‘pé no chão’, sem prometer o que não vai ser cumprido. Assim, nessa linha, a deputada não foge a debates. Vai onde é chamada. E é dessa forma, percorrendo o Centro, os bairros e os distritos de Jeep, Mabel vai levando o seu ‘canto’. Bem no ritmo compassado dos que mais necessitam da administração pública. Aqueles que a vida ‘empurra’ e que seguem por teimosia.  E nessa ‘toada’ ela conta com o apoio afinado do deputado federal Aliel Machado, um homem que entende muito bem da vida sofrida de quem nasce e vive na periferia.

(Foto: Reprodução/Facebook)

Entretanto, a professora Elizabeth que entrou na campanha com a ‘pecha’ de que seria a terceira colocada, mostrou que “nem tudo o que brilha é ouro”. E o ex-deputado Marcio Paulik que propagou a vitória no primeiro turno ficou pelo caminho. E eu já sabia. Na última visita do secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, em Guarapuava, dois dias antes das eleições, ele me confessou que a candidata situacionista estaria no segundo turno. E é com o apoio ‘peso-pesado’ da administração de Ponta Grossa, e do governador Ratinho Junior, que a professora segue em frente.

Aliás, a conheci durante um ‘press-tour’ para o qual fui convidada. Era um congresso internacional promovido pela Fundação de Turismo, entidade que ela presidia. Me chamou a atenção o dinamismo, a vitalidade daquela mulher franzina, que abriu o congresso chegando de bicicleta. Não apenas por isso, mas a performance da vice-prefeita me chamou a atenção, confesso.

Tudo isso, com o discurso que ecoa e que chega aos ouvidos dos eleitores nestes últimos dias de campanha. Ou seja, elegendo Elizabeth prefeita, Ponta Grossa continuará também com uma deputada. Ou seja, Mabel Canto. Uma mulher simples, de conversa agradável e que logo nos primeiros momentos já deixa transparecer o ideal de servir o próximo fragilizado. Tipo, uma ‘herança’  que lhe é dada pelo pai, o comunicador Jocelito Canto e a sua ‘Garagem da Esperança’. Acho que era esse o nome do programa que ele ancorava. Um viés paternalista, populista? Cabe a cada um concluir.

Assim como cabe a cada eleitor pontagrossensse discernir qual delas será a melhor administradora pública para Ponta Grossa. Enquanto isso, nós aqui do Terceiro Planalto estaremos torcendo para que a capital dos Campos Gerais faça a melhor escolha. E ao fim deste domingo (29), uma coisa é certa: mais uma mulher ganha o topo no cenário político do Paraná.

PINHÃO É MESMO INUSITADO

Lembram que lá no início do texto eu disse que outros municípios ainda estão sem definição? Pois é! Esse é o caso de Pinhão, aqui bem pertinho de Guarapuava. Lá um candidato inelegível venceu as eleições. José Vitorino Prestes, segundo moradores, é tido como um mito. Ele já teve mandato de prefeito cassado e irregularidades agora que o tornaram inapto para as eleições. Entretanto, está eleito, porque aguarda recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Contudo, outro caso pitoresco também marcou as eleições pinhãoenses. Um candidato a vereador ficou como suplente mesmo sem ter recebido votos. Juarez Antunes (Podemos) poderá assumir uma vaga na Câmara sem ter conquistado nem o próprio voto. Ele disse que sabia que era candidato, mas desistiu da campanha antes das eleições. Achou que não compensava. ” Essa possibilidade não existe, porque eu não peguei um voto. Nem eu votei em mim”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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