22/08/2023


Brasil Cotidiano

Greve dos caminhoneiros pode ser maior que em 2018

Prevista para o dia 1, a Associação Nacional diz que a greve pode ter proporções maiores. Em Guarapuava, nada está definido ainda

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Greve dos caminhoneiros pode ser maior que em 2018 (Foto: Arquivo/RSN)

A greve dos caminhoneiros, prevista para o próximo dia 1 de fevereiro, vem crescendo em adesões. De acordo com o presidente da Associação Nacional do Transporte Autônomos do Brasil (ANvTB), José Roberto Stringasci, poderá ser maior do que a feita em 2018. Em Guarapuava, ainda não tem nada formatado.

De acordo com a associação, a greve se deve ao grau crescente de insatisfação da categoria, principalmente em relação ao preço do diesel e às promessas não cumpridas após a histórica greve no governo Temer. O Integrante do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) na semana passada já alertou para a possibilidade de uma paralisação nacional. A ANTB representa cerca de 4,5 mil caminhoneiros, e não vê problema de começar uma greve em plena pandemia.

“A pandemia nunca foi problema. A categoria trabalhou para cima e para baixo durante a pandemia. Muitos caminhoneiros ficaram com fome na estrada com os restaurantes fechados, mas nunca parou”.

DIESEL

Conforme Stringasci, a alta do preço do diesel é o principal motivador da greve. Mas conquistas obtidas na paralisação de 2018, que chegou a prejudicar o abastecimento em várias cidades, também estão na lista de dez itens que estão sendo reivindicados ao governo para evitar a greve.

“Esse (diesel) é o principal ponto, porque o sócio majoritário do transporte nacional rodoviário é o combustível (50% a 60% do valor da viagem) Queremos uma mudança na política de preço dos combustíveis”.

Desse modo, o monopólio da Petrobras, a produção de combustíveis no Brasil passou por mudanças em 2016. Isso quando foi instituído o PPI (Preço e Paridade de Importação), praticado até hoje. Na época, os reajustes eram praticamente diários, seguindo a flutuação do mercado internacional, mas agora obedecem apenas a lógica da paridade, sem prazo determinado.

“A Petrobras não foi criada para gerar riqueza para meia dúzia, a Petrobras é nossa e tem que ajudar o povo brasileiro e o Brasil. Queremos preços nacionais para os combustíveis, com reajuste a cada seis meses ou um ano. Essa é uma das maiores lutas nossas desde 2018, e até antes, e até hoje”.

REINVIDICAÇÕES

Outras reivindicações são o preço mínimo de frete, parado no Supremo Tribunal Federal (STF), após um recurso do agronegócio, e a implantação do Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot), duas conquistas de 2018.

Assim, para resolver a questão e evitar uma greve, os caminhoneiros querem uma reunião com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, que recebeu o apoio da categoria nas eleições de 2018.

“A categoria apoiou ele em 100% praticamente nas eleições. Então agora exige a presença dele na reunião”. Stringasci diz que a greve já tem 70% de apoio da categoria e de parte da população, diante de preços em alta não apenas no diesel. Mas em outros combustíveis, alimentos e outros itens que elevaram a inflação em 2020.

“Eu creio que a greve pode ser igual a 2018. A população está aderindo bem, os pequenos produtores da agricultura familiar também. Se não for igual, eu creio que vai ser bem mais forte do que 2018”.

*Com informações da CNN Brasil

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Antunes

Jornalista

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