22/08/2023
Brasil Cotidiano Educação

Campanha vai distribuir 2 milhões de livros infantis para municípios

Secretarias e organizações sociais podem receber livros com representatividade da cultura brasileira. Basta manifestar interesse no site

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A Campanha ‘Leia para uma criança’ vai distribuir livros infantis entre secretarias municipais (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Incentivar a leitura entre as crianças e mostrar novos mundos. Essa é uma das ideias da campanha ‘Leia para uma Criança’ do Itaú Social. A iniciativa vai distribuir dois milhões de livros infantis às secretarias municipais de Educação e organizações sociais. Mas para isso, elas devem fazer uma solicitação até as 18h, do dia 2 de setembro para receber as obras.

A ação é de graça e os interessados podem se inscrever no site. As obras selecionadas para esta edição são ‘De passinho em passinho: um livro para sonhar e dançar’ e ‘A pescaria do curumim e outros poemas indígenas’.

Além de secretarias, qualquer pessoa pode fazer parte da mobilização indicando o programa para uma entidade elegível. Conforme as informações, serão priorizadas as entidades que estão localizadas em municípios mais vulneráveis.  As regras da campanha consideram os seguintes parâmetros: grau de concentração de renda (Índice de Gini), Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicadores de pobreza e outros.

As instituições podem solicitar um kit, que é composto por dois livros para cada criança atendida ou matriculada. Além disso, estarão disponíveis 14 títulos da estante digital e um acervo de 22 obras já distribuídas em anos anteriores em versões audiovisuais acessíveis voltadas para o público com deficiência, no site do programa.

OBRAS SELECIONADAS

De acordo com a superintendente do Itaú Social, Angela Dannemann, o intuito do programa é estimular os adultos a lerem com as crianças. Isso fortalece os vínculos afetivos e a participação ativa na educação.

Ainda conforme a instituição, os livros distribuídos em 2022 passaram por meio de edital com base em histórias que valorizassem pessoas e culturas negras e indígenas. “Essa seleção reconhece o potencial da literatura para contribuir com a diminuição das desigualdades e com a valorização das diferenças. Puderam participar editoras brasileiras, com prioridade para livros de autores ou ilustradores que se autodeclaram negros e/ou indígenas”.

Assim, o livro ‘De passinho em passinho: um livro para sonhar e dançar’ tem ilustrações de Bruna Lubambo e o texto é de Otávio Júnior. O livro traz danças e ritmos periféricos, protagonizados por crianças e jovens. Desse modo, a produção tem como pano de fundo uma pesquisa cuidadosa sobre o estilo funk e os demais aspectos culturais no país.

POSSIBILIDADES

Já nos 12 poemas de ‘A pescaria do curumim e outros poemas indígenas’, Tiago Hakiy, escritor descendente do povo Sateré Mawé, tece versos recheados de lembranças. Além de frases com afetos sobre um jeito de ser criança que tem muitas relações com a natureza.

Assim, as coloridas ilustrações de Taísa Borges acrescentam riqueza ao universo retratado pelo escritor. Cores, peixes, pássaros, costumes e olhares sobre o dia a dia na floresta despertam conversas e a imaginação.

Além disso, os interessados podem solicitar as duas obras em braille e em fonte ampliada para crianças com deficiência visual. Há também os livros em formato audiovisual com múltiplos recursos de acessibilidade, como Libras e audiodescrição. Por fim, as versões audiovisuais acessíveis também podem ser encontradas on-line na página do programa.

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Vallery Nascimento

Jornalista

Jornalista formada desde 2022 pelo Centro Universitário Internacional - Uninter. Além do amor pela comunicação, ela também é graduada em Letras com habilitação em inglês. Apresenta o Giro RSN de segunda a sexta, às 18h nas redes sociais do Portal RSN.

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