22/08/2023


Guarapuava Região Segurança

Gaeco de Guarapuava investiga crimes cometidos por policiais em LS

Eles teriam concedido benefícios aos presos da Cadeia Pública de Laranjeiras do Sul em troca de propina e acabaram presos preventivamente

gaeco

Investigação apura possíveis crimes cometidos por policiais na Região (Foto Ilustrativa: Divulgação)

*Reportagem com áudio

O Ministério Público do Paraná (MPPR) cumpriu nesta quinta (21) quatro mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão na Operação Securus Via. Além disso, há um quinto mandado de prisão pendente de cumprimento. A ação é do Núcleo de Guarapuava do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Conforme o MPPR, as ordens judiciais tiveram execução em Laranjeiras do Sul e Cantagalo, assim como em Cascavel, com apoio da Corregedoria da Polícia Militar. Entre os alvos dos mandados de prisão, estavam um policial penal e um ex-agente terceirizado do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen).

Eles teriam concedido benefícios aos presos da Cadeia Pública de Laranjeiras do Sul em troca de propinas. Os outros três são um preso e dois ex-detentos (entre os quais o do mandado ainda não cumprido) que teriam feito os pagamentos. A investigação identificou o recebimento de pelo menos R$ 50 mil pelos agentes públicos.

Os cumprimentos dos mandados de busca ocorreram nas residências dos investigados. Além dos presos, dois policiais militares são suspeitos de receberem vantagens indevidas. Eles teriam recebido serviços de pedreiros e pintores, supostamente feitos por detentos. Outros suspeitos também teriam emprestado contas bancárias para recebimento dos valores.

CRIMES

Os agentes públicos passam por investigação pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de ativos – já que tentaram dissimular os repasses de valores usando outras pessoas para o recebimento das propinas. Assim como por prevaricação qualificada e por permitirem que vários presos ficassem em posse de aparelhos celulares.

O policial penal teria ainda utilizado mão de obra de presos para reformar a própria casa. Por fim, a investigação teve início a partir do recebimento de documentos da Corregedoria do Deppen, apreendidos na Operação Sem Privilégios, que ocorreu em dezembro de 2022.

Ouça o áudio complementar a essa reportagem:

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Antunes

Jornalista

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