*Reportagem com vídeo
Na década de 1980, um novo campo de estudos sobre movimentos sociais emergiu: os movimentos populares urbanos, especialmente presentes na América Latina. No Brasil, essa mudança de cenário sociopolítico trouxe à tona novas problemáticas e questionamentos, muitos dos quais centrados na construção da identidade, enquanto o movimento operário mais tradicional começava a ceder espaço. Desde maio de 1999, manifestações inspiradas pela “Global Marijuana March” começaram a se consolidar e atrair adesões em diversos países, incluindo o Brasil.
A “Marcha da Maconha” teve a estreia brasileira em 2007, no Rio de Janeiro. Em meio a desafios, o movimento não só resistiu, mas também se expandiu para outras cidades, ano após ano, marcando presença em aproximadamente 50 municípios atualmente.
Desse modo, se defende a busca por reconhecimento e inclusão, assim como por uma mudança na perspectiva da sociedade em relação à planta e as aplicações. Conforme Ana Pedroso, ela e o namorado já participaram como expectadores da manifestação e nesse ano ajudaram com a produção de cartazes e gravaram o ato para a REDE+.
É muito legal se sentir pertencendo a algo, pois é algo que a gente acredita. Para mim nunca foi um tabu, eu sempre tentei deixar isso muito ‘destabulizado’ com a minha família e é uma coisa muito legal. Eu sempre quis mostrar ao participar que a cannabis não é esse monstro que as pessoas acreditam.
A influência de movimentos sociais envolvendo a maconha já gerou mudanças significativas em diversos locais, como o caso do Canadá. O país se tornou o primeiro do G20 a legalizar o uso recreativo da planta, após anos de luta pela legalização medicinal, estando a “Marcha da Maconha” e o “Festival Freedom” entre os movimentos cruciais nesse processo. Confira o vídeo sobre a manifestação em Curitiba.
Leia outras notícias no Portal RSN.