Os dois Policiais Militares que atropelaram Alcione Antonio Rosa Pires, de 40 anos, no dia 30 de abril, acabaram indiciados por atropelamento e vão responder por denunciação caluniosa. Alcione acabou morrendo no hospital dias depois. No boletim de ocorrência, o cabo disse que o soldado parou a viatura para orientar o homem, que havia sofrido uma queda.
De acordo com as informações, os policiais ainda responderão por falsidade ideológica e fraude processual. Alcione estava em situação de rua e chegou a receber socorro, mas não resistiu. O inquérito concluiu que há indícios de crime militar na conduta dos policiais, o soldado Ariel Machado de Moraes e o cabo Hildebrante Pereira Paiva Junior.
CÂMERAS MOSTRAM ATROPELAMENTO
No boletim de ocorrência registrado pelos agentes no dia do atropelamento, a informação é diferente do que mostram as imagens captadas por câmeras de segurança. Ariel dirigia a viatura e acabou indiciado por homicídio com dolo eventual, quando assume a responsabilidade de matar. Já Hildebrante responderá por crimes de falsidade ideológica, fraude processual e denunciação caluniosa, assim como o soldado.
Conforme o advogado Jairo Jesus, que representa a família de Alcione, o inquérito da PM aponta que os policiais mentiram. “No depoimento de ambos os policiais eles tentaram desconsiderar o que estava escrito no boletim de ocorrência que foi produzido por outro policial, ou seja, eles tentaram induzir o oficial a acreditar que o relatório foi produzido por outra pessoa, e não foi o que eles disseram. […] E a fraude processual porque eles alteraram a cena do acidente quando foi retirado o veículo, no momento seguinte do atropelamento, foi retirado o veículo e estacionado em outro local”.
O advogado dos policiais disse que não recebeu notificação sobre a conclusão da investigação e por isso não quis se pronunciar. Por fim, a PM informou nessa segunda (17) que enviou o inquérito ao Ministério Público para tomar as providências que julgar necessárias.
(*Com informações do G1)
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