22/08/2023


Cotidiano

Apesar da crise, Paraná começa ano com mais 1,6 mil empregos formais

Curitiba – O Paraná registrou em janeiro a geração de 1.592 novos empregos com carteira assinada. Foi um dos poucos Estados que começaram o ano com saldo positivo: taxa de 0,07% de crescimento sobre o estoque de empregos formais, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Ministério do Trabalho. No Brasil, janeiro foi marcado por perdas: menos 101 mil postos de trabalho ou taxa de -0,32%.
Além do Paraná, apenas sete Estados registraram resultados positivos: Santa Catarina, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia e Roraima.
A Região Metropolitana de Curitiba foi a única do país que apresentou crescimento: 0,06%. A RMC respondeu por 504 novos postos de trabalho gerados ou 31% do total do Estado. O interior foi responsável pelos 69% restantes: 1.088 empregos formais. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Para o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, os números são muito positivos e revelam, entre outros fatores, que o Governo Estadual tem adotado as medidas corretas no enfrentamento da crise financeira mundial.
“Estes indicadores mostram que o Paraná se preparou, estudou antes de qualquer outro Estado os possíveis efeitos da crise e se antecipou no combate às demissões que poderiam ocorrer. Não esperamos de braços cruzados. Os números do Caged demonstram exatamente isso”, analisa.
O secretário cita que, entre as ações, o Paraná criou um comitê em defesa do trabalho e preparou uma Proposta da Emenda Constitucional que vincula a concessão de benefícios fiscais à manutenção de empregos.
“Além disso, reforçamos as conversas com empresários para adoção da Bolsa Qualificação e as atividades de intermediação de mão-de-obra nos mutirões do programa Crise se Combate com Emprego”, menciona Nelson Garcia.
Segundo o secretário do Trabalho, é preciso destacar também que as medidas fiscais que o governador Roberto Requião adotou antes mesmo da crise: ICMS reduzido para as micro e pequenas empresas, investimentos em qualificação profissional, em infraestrutura e mais apoio à agricultura familiar.

SETORES – De acordo com o Ministério do Trabalho, entre os setores da economia que mais geraram empregos formais no Paraná em janeiro estão o de serviços, responsável por 2.020 contratações, e a construção civil, por 1.631.
O maior número de demissões aconteceu na agropecuária, onde foram fechados 945 postos de trabalho. O saldo negativo no campo é comum para esta época do ano, devido principalmente à entressafra. No mesmo mês de 2008, por exemplo, 376 pessoas perderam seus empregos no setor.
Também devido a fatores sazonais, o comércio fechou 912 vagas. A medida é decorrente do fim dos contratos temporários firmados para reforçar as vendas de fim de ano.
A indústria de transformação teve saldo negativo de 554 postos de trabalho. Destaque para as de produtos alimentícios e bebidas (-434 empregos) e metal-mecânica (-273). As indústrias metalúrgicas (+167 empregos), têxtil (+431) e de produção de papel (+312) foram as que tiveram maior alta.

ESTOQUE: No último dia de janeiro, o estoque de mão-de-obra no Paraná era de 2.060.609 trabalhadores com carteira assinada. Destes, 578.644 conseguiram emprego a partir de 2003, início do Governo Roberto Requião. Para se ter uma dimensão do número, vale lembrar que nos oito anos anteriores, foram gerados apenas 37.882 empregos formais.

Geração de empregos no Paraná:
1995 -25.327
1996 -32.805
1997 7.463
1998 -35.657
1999 -16.549
2000 28.143
2001 53.857
2002 58.857
Saldo do período: 37.882 empregos
2003 62.370
2004 122.648
2005 72.374
2006 86.396
2007 122.361
2008 110.903
2009 1.592 (até janeiro)
Saldo do período: 578.644 empregos

Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego

(AEN)

Cristina Esteche

Jornalista

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