22/08/2023


Cotidiano

Atendimento telefônico salva bebê

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Pinhão – No dia 3 de fevereiro o destacamento da Polícia Militar de Pinhão recebeu um chamado inusitado. Do outro lado da linha uma jovem mãe desesperada pedia auxílio para seu bebê de apenas seis dias que não estava respirando, não se mexia e estava começando a ficar roxo.
A partir destas informações, o soldado Vanderlei José Pinto, que estava de plantão passou a instruir a mãe como fazer a massagem no estômago do bebê, com os dedos ou com a mão. “Passava das 11 da noite, atendi ao telefone e a mãe estava nervosa. A criança estava passando mal, tinha se afogado, não estava respirando, não se mexia e começava a ficar roxa”, conta o policial. “Instrui como fazer a massagem no estômago. A mãe fez a primeira vez, mas a criança não se mexia. Orientei para fazer de novo e ouvi quando a criança chorou. Acionei o bombeiro para ir até a casa socorrer o bebê e leva-lo ao hospital”, relata o soldado que ficou emocionado com o salvamento da criança. “Pra gente é gratificante fazer alguma coisa boa. A situação para a mãe era difícil, mas teve bom resultado”, comemora.
Com 18 anos de trabalho na Polícia Militar, o soldado José diz que foi a primeira vez que socorreu alguém via telefone e também destaca que este atendimento é diferente dos habitualmente prestados pela polícia.
Ele informa que as massagens cardíaca e de desobstrução foram aprendidas em cursos de primeiros socorros. O soldado garante que conseguiu manter a calma para fazer o atendimento e alerta para a gravidade destes acontecimentos que exigem socorro imediato. “Tratava-se de um bebê recém-nascido, perder um ou dois minutos pode ser bastante perigoso”, declara José. “Nessas situações tem que avaliar cuidadosamente o estado da criança, o tempo de deslocamento até a residência ou da família até o hospital. É importante que os pais também tenham consciência da gravidade do caso e procurem imediatamente o socorro, antes mesmo de ligar para familiares”, orienta o policial.
Na mesma noite o soldado foi até a casa do bebê, depois que este retornou do hospital, para certificar-se de que estava tudo bem.
Susto
Laís de Fátima Machado (foto), 21 anos mãe de primeira viagem da pequena Mariana de apenas 28 dias passou por uma experiência nada agradável. Ela conta que no dia 3, com apenas seis dias de vida, seu bebê foi amamentado por volta de 22h30. A tia, Carla, pegou Mariana no colo e a fez arrotar, depois colocou a bebê no berço. Por volta de meia noite, Laís foi olhar a criança e percebeu que ela havia vomitado e estava roxinha sem conseguir respirar.
Em pânico, Laís e a irmã ligaram para alguns parentes, e em seguida para o 190, sendo atendida pelo soldado José que orientou como socorrer a criança. “Ele tentava nos acalmar e disse para fazer a massagem, até que ela tossiu. Depois ele passou meu número para os bombeiros”, conta a mãe.
O soldado ligou para a Defesa Civil e deu o número de Laís. A agente Solange ficou conversando com ela até a chegada dos bombeiros em sua residência no Bairro Nossa Senhora Aparecida. “Quando os bombeiros chegaram, eles fizeram os primeiros socorros. Mariana respirava com dificuldade e ainda estava afogada, com o atendimento deles, ela jogou tudo para fora. Então a levaram para o hospital”, disse Laís.
No hospital a pequena Mariana foi atendida, mas já não corria mais perigo. Ela foi examinada e pôde ir para casa. O médico explicou que Mariana teria engolido líquido na hora do parto e agora precisa elimina-lo. E segundo ele, o primeiro atendimento feito pelo soldado salvou a vida dela.
Depois do ocorrido, Laís que morava sozinha, agora está hospedada na casa dos tios, Alcides e Edinê de Oliveira. “Fiquei apavorada, com muito medo mesmo”, disse ela.
A tia Edinê, conta que depois do susto, Laís não queria mais amamentar a criança e teve um começo de depressão. “O médico disse que a Mariana está bem, e agora quem tem que ter cuidados especiais é a mãe, foi um baque muito grande”, afirmou.
Laís voltou a amamentar e está se recuperando. A pequena Mariana é o encanto de toda a família que agradece o pronto atendimento do soldado José e dos agentes da Defesa Civil de Pinhão. “Terminando a dieta, quero procurar todos eles para agradecer”, declara Laís.
Fonte; Fatos do Iguaçu

Cristina Esteche

Jornalista

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