22/08/2023
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Maria Julia reage bem ao novo medicamento. Tratamento iniciou há 3 dias

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A menina Maria Julia Franciosi Gelinski reage bem ao novo medicamento que está recebendo após o transplante de medula óssea. Ela luta contra um câncer desde 2010. O medicamento Brentuximab Vedotin foi importado da Inglaterra e está sendo aplicado desde a última sexta-feira, dia 24. De acordo com a mãe de Maria Julia, Karen, a paciente reage bem ao medicamento. Embora, tenha sofrido uma complicação pulmonar em decorrência da própria doença. “Ela foi medicada e a situação está sob controle”, disse Karen à RSN na tarde desta segunda-feira, dia 27.  Maria Julia deverá receber a nova medicação por mais uns três dias, segundo a sua mãe.

 

Maria Julia retornou ao Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, em 2 de fevereiro após ter apresentado quadro febril. Ela se recuperava do transplante em casa. Após exames foi constatado que o linfoma voltou. “Agora a medula que ela recebeu briga com a doença e esse medicamento também vai atacá-la”, explicou Karen.

O MEDICAMENTO
Em novembro de 2011 a A FDA (agência que regula remédios e alimentos EUA) anunciou a aprovação de uma nova droga para o tratamento do linfoma de Hodgkin. A doença atinge células do sistema imunológico e pode ser curada na maioria dos casos.

 

A nova droga, chamada Brentuximab Vedotin, medicamento que Maria Julia está recebendo, também serve para tratar o linfoma anaplástico de células T, um tipo mais raro de tumor.

 

De acordo com Jairo José do Nascimento Sobrinho, hematologista do Centro Paulista de Oncologia, a maioria dos linfomas de Hodgkin são curáveis com o tratamento atual. “Os que restam são muito difíceis de lidar. Essa medicação é uma das mais eficientes que já apareceu,” disse ele à Folha on line ainda em novembro de 2011.

 

A droga, inicialmente, esta sendo usada em quem já tentou outros tratamentos e sofreu uma volta da doença. “Mas a tendência, no futuro, é que ela seja acoplada ao tratamento desde o início,” diz o hematologista.

 

O remédio usa um anticorpo para direcionar a droga para o ataque das células do linfoma conhecidas como CD30.  É nisso que aposta a equipe médica que trata Maria Julia.

 

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Cristina Esteche

Jornalista

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