22/08/2023
Agronegócio

Sem mercado há um mês, trigo para nas cooperativas

Desde o dia 3 de outubro, o trigo está sem cotação na região Oeste. Os preços na época eram bons, R$ 34 a saca, similares à qualidade do produto que desta vez foi excelente conciliada a uma boa produção, mas o problema agora é que não existe mercado para comercialização. O motivo está nos grandes moinhos nacionais que alegam estar com estoques abastecidos.

Isso significa, segundo a agrônoma do Deral (Departamento de Economia Rural) do núcleo regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento) de Cascavel, Jovir Esser, que em curto prazo não há nenhuma perspectiva de mudança nesse cenário e os grãos continuarão emperrados nos silos e armazéns.

Em toda a região mais da metade do que foi colhido na última safra encerrada há um mês, cerca de quase 90 mil toneladas, continua estocada e para as cooperativas a situação é ainda pior. Elas guardam parte da colheita de duas safras passadas e também não há preço para aquele produto. “Primeiro o argumento era de que o trigo produzido aqui não tinha qualidade, agora tem, mas o que falta é mercado. É uma situação que só piora as condições dos triticultores que já estava ruim”, alega a agrônoma.

Em casos pontuais, a única forma de venda tem sido para o pagamento de contas junto às cooperativas e empresas do segmento. “Quando há algo para ser liquidado, elas acabam recebendo o trigo, mas são situações pontuais. De modo geral ninguém está vendendo nada”, reforça.

Com informações de O Paraná

Cristina Esteche

Jornalista

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