22/08/2023
Geral

Em Guarapuava, mãe nega ameaça à professora

A nota divulgada pela REDE SUL DE NOTÍCIAS nesta quinta-feira (14) sobre o registro policial feito por uma professora sobre a ameaça recebida da mãe de uma ex-aluna provocou polêmica. Embora a nota tenha se baseado no Boletim de Ocorrência da Polícia Militar, ratificada por informações recebidas pela RSN, por telefone de que a ameaça seria de morte, sem citar nomes das pessoas envolvidas, a mãe da ex-aluna procurou defesa porque estaria enfrentando problemas na Prefeitura mas, principalmente, porque assegura que não ameaçou e não atirou o carro que conduzia contra a professora, conforme o registro policial.

De acordo com a mãe, que preferiu não ser identificada, o episódio ocorrido num supermercado da Vila Carli na quarta-feira (13), e que gerou o BO na Polícia Militar, é apenas a consequência de uma sucessão de fatos envolvendo a aluna, a professora e ela.
“Tive problemas com essa professora o ano todo por causa da minha filha que tem 11 anos de idade”, disse à RSN. Estudando na quinta série da Escola Municipal Professora Elcídia, nas proximidades do Colégio Agrícola Arlindo Ribeiro, periferia de Guarapuava, o pivô da confusão seria um bilhete apreendido pela professora onde o autor dizia: “vamos azucrinar a vida da professora até ela desistir de nós”. Segundo a mãe, esse fato gerou uma reunião entre pais de alunos do quinto ano, a professora e a diretora da escola.

Estudando das 8 horas às 16h30, diariamente, e até às 12 horas na sexta-feira, a menina começou a ser alvo de reclamações por parte da professora porque deixava de fazer as tarefas.  “Um dia a minha filha chegou aos prantos em casa e minha filha mais velha me ligou. Ela me contou que a professora disse que o aluno que não fizesse a tarefa seria transferido para a Escola Total, porque lá há um bando de favelados”, relata. A partir desse episódio, a mãe disse que foi à escola, mas não encontrou a professora.Outras tentativas foram feitas, porém, sem êxito, até que a diretora a levou à sala da filha. “Os alunos confirmaram o que minha filha havia me contado e fiquei sabendo também que a professora pediu à direção e à orientadora que confirmassem o que ela havia dito, caso algum aluno perguntasse, para ver se a turma se endireitava”, disse.

Na terceira tentativa de esclarecer o assunto, a mãe afirmou que não encontrou a diretora que, em outro dia, reuniu pais de alunos da turma com a professora envolvida no caso. “Eu fui e relatei o que estava acontecendo com minha filha. Uma mãe também reclamou e disse que o filho não queria ir mais à escola porque não gostava da professora”.

A partir dessa conversa a solução encontrada para a menina foi ficar tendo aula na secretaria por dois dias, mas teve que retornar à sala passando a ser ignorada pela professora, segundo contou a mãe.

No final do ano letivo a menina foi transferida para o Colégio Tupy Pinheiro, fato que poderia ter posto um ponto final nessa história.
Porém, um novo encontro entre a menina, a mãe e a professora, fora da escola, trouxe o assunto à tona. “Eu estava no supermercado e ela (professora) ficou na fila atrás de mim e começou com provocações dizendo à caixa que detestava gente barraqueira, que se a mãe não presta, a filha também não presta. Perguntei por que ela não falava as coisas direto pra mim, mas a provocação continuou na rua”, reclama a mulher.
“Ela começou a me xingar e dizia que ia chamar a polícia. Como eu estava parada na esquina arranquei o carro e ela diz que joguei o carro em cima dela. Eu não fiz nada disso, não agredi ninguém, pois estava dentro do carro. Ela chamou a diretora, a orientadora da escola e a polícia. Eu fiquei esperando, porque não fiz nada. Liguei quatro vezes para a polícia e me identifiquei, porque não agredi ninguém”, insiste a mulher.

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Cristina Esteche

Jornalista

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