22/08/2023
Geral

Aumenta o número de vítimas de crimes cibernéticos, diz pesquisa

O número de pessoas que já sofreram ou conhecem alguém que tenha sido vitima de crime digital passou de 12,7%, no ano passado, para 17,9% este ano, revela a quinta edição da pesquisa O Comportamento dos Usuários na Internet, feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Segundo a pesquisa, apresentada ontem (12), os homens continuam sendo os mais atingidos, com 20,6% dizendo já ter sido vítima, contra 15,2% das mulheres. Feita em maio, a pesquisa fez 33 perguntas a 1.000 pessoas na capital paulista.

Mesmo com os riscos frequentemente apontados para operações na internet, a pesquisa mostra que, no ano passado, 79,8% dos usuários usavam alguma ferramenta de prevenção e que, neste ano, o número caiu para 65,4%. Entre os entrevistados, 66,6% disseram conhecer a nova lei de crimes cibernéticos e 16,3% acreditam que ela será suficiente. Perguntados sobre conteúdos ilegalmente espalhados pela rede, 65,9% disseram que o material irregular deve ser removido imediatamente, a pedido da vítima, e 34,1% responderam que isso deve ser feito por ordem judicial.

De acordo com a pesquisa, 49,8% dos usuários acreditam que as empresas usam seus dados pessoais ou os compartilham com outras empresas sem autorização e 72,3% não confiam na forma como essas informações são armazenadas. Mesmo assim, 87,8% disseram que os sites deveriam armazenar os dados para o caso de serem necessárias futuras investigações  de crimes eletrônicos. Quando questionados sobre compras na internet, 55,9% confirmaram que fazem. Entre os que não fazem, o principal fator que interfere é o receio de fraudes (32,9%).

Uma das questões novas abordadas pela pesquisa mostrou que 48,7% dos internautas usam seus dispositivos pessoais no ambiente de trabalho, sendo que 29,7% levam dados ou informações da empresa em seus aparelhos. A maioria (86,4%) disse ter medo de fraudes ou ataque de hackers (especialistas em informática capazes de modificar programas e redes de computadores) Mesmo assim, 59,7% dos entrevistados costumam baixar aplicativos nos seus dispositivos.

Com EBC

Cristina Esteche

Jornalista

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