22/08/2023
Segurança

Ex-médico vai a júri popular por morte de jovem depois de cirurgia plástica

O ex-médico Denísio Marcelo Caron vai a júri popular amanhã (29), em Goiânia, pela morte da oficial de Justiça Flávia Rosa, 23 anos. O julgamento está marcado para começar às 8h30. A oficial morreu em 12 de março de 2001, seis dias após se submeter a uma cirurgia de lipoaspiração. Segundo a promotoria, durante o procedimento Caron perfurou o fígado da vítima.

O promotor Maurício Gonçalves de Camargo pede que o réu seja condenado por homicídio qualificado pela torpeza. Caron realizou várias cirurgias plásticas em mulheres não sendo habilitado para o procedimento. Assim, o ex-médico é suspeito de provocar a morte de seis pacientes. Quatro mulheres teriam morrido em consequência dos procedimentos em Goiás e duas no Distrito Federal (DF).

Em 2009, ele foi condenado por homicídio pelas mortes das pacientes do DF. Juntas, as penas dos dois processos somam 30 anos de prisão. Em já tem uma terceira condenação de 2012, por lesão corporal grave, ele teria causado sequelas a uma mulher que se submeteu a cirurgias plásticas no abdômen e na mama, além de pagar indenização no valor de R$ 10 mil.

Apesar de atuar como cirurgião plástico em Goiânia e Distrito Federal, ele não tinha especialização na área e teve o registro profissional cassado pelo Conselho Federal de Medicina por exercício ilegal da profissão.

Se condenado pela morte da oficial de justiça, pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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