22/08/2023
Política

Queda de arrecadação faz prefeituras da Amocentro reduzirem expediente

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Pressionadas pela falta de dinheiro por causa da queda da arrecadação os municípios que  compõem a Amocentro (Associação dos Municípios do Centro do Paraná), passam a trabalhar apenas meio expediente por dia. A decisão foi tomada durante reunião da entidade nesta segunda feira (07), em Pitanga. O expediente, a partir desta terça feira (08) será das 8h às 12 horas para atendimento ao público. Das 13h às 18 horas o expediente será interno. A exceção fica por conta da saúde, educação e coleta do lixo que continuarão com expediente integral.

O novo horário será determinado por decreto e a justificativa é a readequação do orçamento já que a arrecadação municipal de 2013 caiu em relação ao ano passado.

De acordo com o presidente da Amocentro, prefeito Marcos Seguro, de Turvo,   hoje a maioria dos municípios só tem dinheiro para as folhas de pagamento. Como se não bastasse, há um aumento na demanda do serviço público. “O atendimento da saúde básica é obrigação dos municípios, mas como o poder aquisitivo do povo está sendo reduzido, hoje as unidades de saúde estão sendo utilizadas por todos, inclusive por quem mais condições financeiras”.  O aumento nos custos de transporte escolar,  de vagas em creches e demais serviços públicos também contribuem para as dificuldades financeiras dos municípios. Soma-se a isso, o reajuste da folha de pagamento dos servidores municipais, a municipalização dos serviços públicos sem aporte financeiro para fazer frente às novas demandas.  “O Congresso Nacional vota leis de pisos salariais, sem indicar as fontes de recursos”.

As fortes chuvas ocorridas em 2013 também geraram prejuízos nas estradas, pontes e bueiros. “Em virtude do próprio desenvolvimento da produtividade leiteira na região, aumentou o investimento em cascalhos, manutenção de pontes, bueiros para o escoamento da produção”. Outro efeito negativo apontado por Seguro  é motivado pela grande mídia que divulga os direitos do cidadão sem enfatizar os deveres da sociedade. “Isso faz com as cobranças sejam superiores às responsabilidades de cada um”.

De acordo com o presidente da Amocentro, os prefeitos que compõem a entidade estão sendo obrigados a tomar atitudes pensando no futuro dos municípios. “Precisamos evitar que as dívidas se avolumem porque se isso acontecer, mais tarde vão causar danos maiores podendo comprometer totalmente o trabalho das Prefeitura e, consequentemente, o atendimento aos cidadãos”.

 

 

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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