22/08/2023
Política

´Não houve contraproposta porque não teve proposta´, diz diretor da SURG

O  diretor presidente da Surg (Companhia de Urbanização de Guarapuava), Fernando Diamiani contestou as informações divulgadas pelo Sindiurbano (Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná) de que a Prefeitura  ignorou proposta para reposição salarial feita pela categoria. “Não pode haver contraproposta se não houve nenhuma proposta”.

Assembléia nesta quinta decide greve de servidores da Surg em Guarapuava

De acordo com Damiani, em meados deste ano houve uma reunião entre sindicalistas e o prefeito Cesar Silvestri Filho. “Eu os levei na Prefeitura para apresenta-los ao prefeito após a decisão de que o Sindiurbano representaria os servidores da Surg”. A sindicalização dos servidores aconteceu por exigência do Ministério Público. “Fomos notificados de que os servidores teriam que se sindicalizar porque a Surg possui mais de 200 funcionários. O prefeito disse que queria tudo dentro da legalidade. A intenção inicial era a criação de um sindicato de Guarapuava as o processo é demorado e houve a opção pelo sindicato de Curitiba”.

Segundo Damiani, na conversa entre os dirigentes do Sindiurbano e o prefeito ficou certo de que em janeiro de 2014, quando houver o reajuste anual do valor do salário mínimo, os assalariados da Surg terão um percentual acima do índice do governo. “Desde que assumimos os servidores já tem ganhos. Hoje a coleta de lixo, que são os que mais reclamam, ganham em média R$ 1099,20 fora as horas extras”. Esse valor é resultado da soma do salário (R$ 678) mais 40% de insalubridade e mais R$ 150 de bolsa alimentação instituída na atual gestão. “Em agosto colocamos em prática o Plano de Cargos e Salários que estava defasado desde 1999. Ainda foi concedido reajuste de 15%  ao quadro da Prefeitura, enquanto a coleta de lixo não obteve nada.

Damiani, porém, admite que há sobrecarga de trabalho. “Por falta de funcionários a expediente pode chegar até 10 horas por dia, mas há o pagamento de horas extras”. Ele anunciou que já estuda a oferta de concurso público para aumentar o quadro efetivo e lembra que os servidores receberam uniformes e equipamentos de segurança no trabalho.

Uma assembleia agendada para às 18 horas desta quinta feira na sede da Associação dos Servidores da Surge decidirá se haverá greve  ou não. A data para o começo no caso de uma decisão positiva é o dia 10 de dezembro.

Cristina Esteche

Jornalista

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