22/08/2023



Esportes

Primeiras medalhas da final dos Jogos Colegiais

As modalidades encerradas são de goalball e basquete, ambas para alunos com necessidades educacionais especiais

Saíram nessa segunda-feira (6/7) as primeiras medalhas da fase final dos 56.ª Jogos Colegiais do Paraná (Jocop´s), em Curitiba. Foram nas modalidades de goalball e basquete, ambas para alunos com necessidades educacionais especiais (NEE). Na primeira, as campeãs foram as equipes do Instituto Londrinense de Instrução e Trabalho para Cegos (ILITC), de Londrina, no sexo masculino, e da Escola 1.º de Maio, de Campo Largo, no feminino. No basquete, as jogadoras da Assart (Associação Artesanal dos Excepcionais), de Ponta Grossa, foram as vencedoras.
No goalball apenas as duas equipes disputaram as chaves masculino e feminino, por isso a modalidade foi definida em dois jogos. No masculino, Londrina venceu o primeiro jogo contra Campo Largo por 11 a 1, e na segunda partida o placar foi de 10 a 0. O principal destaque da equipe campeã foi o camisa 6 Diego Alexandre Rodrigues, que fez 19 dos 21 gols do time.

“A sensação de fazer tantos gols assim é ótima, por isso eu dedico esta medalha ao Marcelo Gimenez, que foi o artilheiro do nosso time no ano passado e me incentivou muito para que eu estivesse aqui neste ano”, disse o atleta de 25 anos, acadêmico de Educação Física na Unifil, em Londrina.
No feminino, Campo Largo ganhou a primeira partida do Instituto Londrinense por 9 a 4, e na segunda partida o placar foi mais elástico ainda, fechando em 10 a 0. Pela regra do jogo, sempre que uma equipe abre 10 gols de vantagem sobre a outra, o jogo acaba automaticamente, não importando quanto tempo ainda falte no cronômetro.
“É ótimo ter esta oportunidade de disputar uma competição, e melhor ainda ser campeão”, afirmou Helena, que ficou completamente cega aos 11 anos de idade. “Aconteceu de uma hora pra outra, de repente estava cega e no começo foi bem difícil, mas depois a gente vai adaptando”, conta.

“O importante é entender que a pessoa com deficiência visual não é uma incapacitada, ela tem as mesmas capacidades, só que adaptadas”, diz Helena, que ainda disputará as provas de arremesso de peso e 100 metros rasos, no atletismo.
Jogo – Ao contrário de outras modalidades paraolímpicas, o goalball foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência – neste caso a visual. A quadra tem as mesmas dimensões da de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). As partidas duram 20 minutos, com dois tempos de 10. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas. De cada lado da quadra tem um gol com nove metros de largura e 1,2 de altura. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O arremesso deve ser rasteiro e o objetivo é balançar a rede adversária.
A bola possui um guizo em seu interior que emite sons – existem furos que permitem a passagem do som – para que os jogadores saibam sua direção. O goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo. A bola tem 76 cm de diâmetro, pesa 1,25 kg e é mais ou menos do tamanho da de basquete. Hoje o goalball é praticado em 112 países nos cinco continentes. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Desportos para Cegos (CBDC).
Basquete – Houve muita comemoração no primeiro título conquistado pela equipe de basquete da Assart (Associação Artesanal dos Excepcionais), de Ponta Grossa, na manhã desta segunda-feira, no Ginásio de Esportes do Segundo Comando da Polícia Militar. O time de Ponta Grossa venceu o Maria de Nazaré, de Jacarezinho, por 12 a 10. No intervalo, a vantagem já era da Assart por 6 a 4.
Uma das mais contentes com a conquista foi a técnica do time campeão, Eliana Aparecida Busanello. Segudo ela “esta foi a primeira competição das meninas com um outro time, pois antes elas só jogavam entre elas”. Eliana frisou que este tipo de competição “é importante para o desenvolvimento das jogadoras” que realizam seus treinamentos e jogos na própria escola em Ponta Grossa.
No masculino, o campeão, o time da Escola Diogo Zukiane, de Maringá, já havia sido conhecido com antecedência, domingo. Nessa segunda-feira saíram os vices-campeões, os meninos da Assart (Associação Artesanal dos Excepcionais), de Ponta Grossa), após a vitória sobre o Colégio João XXIII, de Ibiporã, por 17 a 8.(Assessoria de imprensa da Paraná Esporte)

Cristina Esteche

Jornalista

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