22/08/2023
Saúde

Guarapuavanas que tiveram câncer ressaltam importância do Outubro Rosa

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Dona Neusa, diagnóstica com câncer de mama e curada após tratamento

Caio Budel

Histórias de sofrimento e vitória. É assim que mulheres de Guarapuava explicam o que viveram durante o processo de transição desde o diagnóstico de câncer até a sua cura.

Dona Neusa Aparecida Barbosa, de 57 anos, está curada há menos de quatro meses de um caso grave de câncer de mama. Após seis meses de quimioterapia, hoje Neusa pode olhar para trás e confirmar que o diagnóstico precoce foi a porta de entrada para a sua cura. “Pode parecer estranho, mas muitas mulheres tem vergonha de falar que estão com câncer. Muitas tem até vergonha de ir no médico para confirmar alguma suspeita”.

Neusa descobriu que tinha câncer em 2013 e só começou o tratamento três meses depois do diagnóstico. “Eu estava com problemas no coração, por isso comecei depois. Mesmo assim consegui e curar. Em nenhum momento tive medo de morrer”.

Outra mulher que superou o câncer foi Ursulina Gaspar, que é natural de Cascavel, mas guarapuavana de coração e criação. Diferente de dona Neusa, Ursulina teve câncer no reto. Com 80 anos de idade, ela se curou após três cirurgias. Apesar do seu câncer ser diferente do trabalhado no Outubro Rosa, ela apoia a ação de conscientização. “Não importa o tipo do câncer. A campanha faz a gente pensar que devemos sim procurar um médico quando tivermos alguma suspeita, ou até antes disso”.

Ursulina passou seis anos em tratamento, de 2000 à 2006. Apesar do longo tempo de luta, entre quimio e radioterapia, ela não desistiu. “Se for para gente morrer, a gente atravessa a rua, é atropelado e acabou. Não precisa ter medo da morte por causa do câncer, isso pode acontecer em qualquer situação, sem hora certa”.

Para dona Neusa e Ursulina, as ações do Outubro Rosa são importantes para as pessoas que sofrem com o diagnóstico do câncer não esquecerem que há cura. “A gente é tomado pelo desespero e esquece que existem pessoas que estão dispostas a nos ajudar, isso não pode acontecer”, explica Neusa. 

Cristina Esteche

Jornalista

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