22/08/2023
Segurança

Ministério Público alerta para golpe contra clientes do HSBC

A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba instaurou inquérito civil para apurar um golpe aplicado contra clientes do banco HSBC. As denúncias sobre a prática irregular chegaram ao Ministério Público do Paraná nessa sexta feira (13).

Segundo relatos de consumidores, pessoas que se identificam como sendo da área de segurança da instituição financeira telefonam para a vítima e solicitam a confirmação quanto à realização de compras inexistentes. Quando o consumidor informa não haver realizado tais transações, os golpistas alegam ter ocorrido a clonagem de cartão e passam instruções que levam ao cancelamento do cartão e à desabilitação do token (dispositivo físico que auxilia na geração de senha temporária).

A partir de então, seguindo orientações dos golpistas, o consumidor é levado a realizar procedimentos para a ativação de um novo token. Durante esse processo, em posse dos números iniciais do código de ativação, os golpistas levam o consumidor a lhes informar o código completo. A vítima, então, recebe um SMS no celular contendo uma senha provisória de ativação do novo token, que lhe é enviada pelo telefone do banco. É, então, induzida a repassar a senha ao interlocutor, supondo se tratar de um profissional da área de segurança do HSBC. De posse dos dados dos clientes, os golpistas passam a movimentar a conta bancária do consumidor, realizando empréstimos e efetuando pagamentos de títulos bancários.

A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba recomenda que os consumidores que forem abordados em telefonemas dessa natureza não forneçam qualquer dado por telefone ou e-mail. Orienta, ainda, que o fato seja comunicado ao Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber) da Polícia Civil do Paraná.

O promotor de Justiça Maximiliano Deliberador, da Promotoria do Consumidor, esclarece, ainda, que o banco é responsável perante os clientes por falhas na sua segurança e que, nesse sentido, deve ressarcir os prejudicados. Neste caso em especial, será investigada a possibilidade de os golpistas terem tido acesso a informações dos correntistas, fato que deverá ser esclarecido pela instituição financeira no decorrer do inquérito civil.

Cristina Esteche

Jornalista

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