Carli Filho se defende e alega ilicitude na obtenção das provas

Guarapuava – O ex-deputado Ribas Carli Filho, por intermédio do advogado Roberto Brzezinski Neto, apresentou nesta quarta-feira, dia 30, último dia do prazo, sua defesa junto a Segunda Vara do Tribunal do Júri no processo criminal que trata das mortes de Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida, ocorridas na madrugada do dia 7 de maio, no bairro do Mossunguê em Curitiba.
O advogado criminalista Elias Mattar Assad, que representa a família da vítima Yared, analisando o conteúdo da defesa declarou que ela faz uma retrospectiva da acusação; alega ilicitude na obtenção das provas pelo fato do Ministério Público “não poder investigar” e sim “acompanhar a investigação”, discorrendo que este não pode fazer as vezes do delegado de polícia; que o exame de sangue não poderia ser utilizado “sem autorização do acusado” e que isto invalida a dosagem alcoólica como prova de embriaguez; que ninguém é obrigado a produzir prova contra si próprio; que um dos peritos que elaboraram o laudo foi nomeado pelo Delegado e que isto invalidaria a perícia. Arremata, arrolando 20 testemunhas de defesa, não presenciais, residentes em Curitiba, São Paulo, Guarapuava, Florianópolis, Cuiabá e Joinville. Finalizou Assad observando que a estratégia de defesa será no sentido de prolongar ao máximo o processo e que, quanto ao dia do fato, nada a defesa argumentou talvez para manter a coerência com o que o ex-deputado disse na fase policial, ou seja, que “nada lembrava”. Entre suas testemunhas de defesa estão os deputados estaduais Durval Amaral e Valdir Rossoni.
O processo agora seguirá para que o Juiz da Vara delibere pelo prosseguimento e designação de audiência de instrução e julgamento.