22/08/2023
Saúde

Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Fumo

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Da Redação

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável. No Brasil, todo ano são cerca de 200 mil mortes, de acordo com levantamento do Ministério da Saúde.

Em Guarapuava, segundo dados da Secretaria de Políticas Públicas sobre Drogas, cerca de 10% da população é fumante. Dados sobre o número de mortes ocasionadas pelo uso freqüente do tabaco não são precisos, mas pesquisas comprovam que o vício diminui o tempo de vida dos homens em dez anos e nas mulheres, este número aumenta para 14 anos.

Para conscientizar e mobilizar a população sobre os riscos do uso do cigarro, o dia 29 de agosto foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Fumo. As unidades públicas de saúde oferecem tratamento de graça para quem deseja parar de fumar, com acompanhamento médico e medicação.

RISCOS

Desde que foram comprovados os malefícios do cigarro, fumar deixou de ser sinônimo de elegância. São mais de 40 doenças relacionadas ao tabagismo, que diminuem o tempo de vida dos homens em dez anos e, para as mulheres, esse número aumenta para 14. O tabaco é capaz de causar as mesmas doenças para qualquer pessoa que inala a fumaça, seja fumante ou não.

No Ser Saudável, a apresentadora Lívia Hartmann, que é médica, acompanha a história de quem conseguiu vencer a dependência do tabaco. Delmar da Silva, 58, fumava desde os 19 anos. Por conta de um princípio de infarto e histórico de morte na família, causado justamente pelo cigarro, Delmar buscou motivação para abandonar a dependência. A qualquer momento em que se decide parar de fumar, o risco de doenças relacionadas ao cigarro já começa a ser reduzido. Para Delmar, a decisão de abdicar do tabagismo foi determinante para melhorar sua qualidade de vida. Claro que o apoio da família e o tratamento com medicamentos foram fundamentais para a transformação.

Ana Maria Penteado é guarapuavana e fuma desde os 7 anos de idade. “Minha mãe pedia para eu acender o “pito” dela no fogão à lenha. Sei que não era por maldade que ela fazia isso, era por falta de conhecimento mesmo. Aí comecei a fumar. Quando ela jogava a bituca pela janela eu ia correndo pegar escondido. Hoje tenho enfisema pulmonar e sofro muito. Estou em tratamento e ainda assim sinto uma vontade louca de fumar. Aconselho que ninguém experimente porque é um vício instigante que vai nos matando pouco a pouco”, conta Ana, que se mudou há poucos meses para Santa Catarina, onde mora sua mãe que a auxilia no tratamento. “Sozinha não conseguiria”, enfatiza.

Cristina Esteche

Jornalista

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