*Reportagem atualizada para inclusão de informação às 11h do dia 6/07.
A cadeia pública de Guarapuava registra mais uma fuga. Conforme informações do Depen – Departamento Penitenciário, foram 16 presos, dos quais dois já foram recapturados. Ainda de acordo com o Depen, a fuga foi às 3h da manhã e os presos escaparam por uma pequena abertura na parede. Anteriormente, havia sido divulgado que seriam 17 fugitivos.
Os dois recapturados foram encontrados instantes após a fuga. “Agentes penitenciários do Setor de Operações Especiais (SOE) de Francisco Beltrão, com o apoio do SOE de Ponta Grossa, estão na unidade para procedimentos gerais”.
Segundo o Depen, a Polícia Militar faz buscas na Região para encontrar o restante do grupo. Um inquérito e uma sindicância foram abertos para apurar o caso. O Portal RSN tentou contato com o novo chefe da carceragem, Wellington, mas a ligação cai sem que alguém atenda. Ele assumiu a chefia há cerca de 30 dias substituindo José Roberto Chagas. Conforme o histórico da cadeia de Guarapuava, as tentativas e fugas já se tornaram rotineiras. Uma das principais causas é a superlotação. No lugar construído para abrigar 160 presos, segundo informações policiais, existem hoje mais de 450 presos.
Porém, denúncias feitas por familiares de presos neste fim de semana ao Portal RSN, expõem uma situação mais grave ainda. Nesta segunda (6) alguns passarão por testes por suspeita de terem contraído a covid-19. Conforme familiares, eles reclamam que pessoas que estão sendo presas estão ficando juntas com os demais, indo contra os protocolos para evitar a propagação da doença. O Portal RSN tentou uma resposta junto ao Departamento Penitenciário (Depen), mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
O HISTÓRICO
No dia 28 de janeiro houve a primeira fuga quando 12 presos saíram por um buraco cavado na parede da Ala B, permitindo o acesso ao telhado, de onde pularam até o Instituto Médico Legal (IML) e de lá foram às ruas. Durante a fuga, presos furtaram um veículo Santana, placas MAB-5792. Antes, porém, um preso por falta do pagamento de pensão alimentícia também fugiu pela porta da cozinha. Em seguida, no dia 2 de abril houve inicio de um motim, impedido por policiais civis e militares.
Como se vê, esse é apenas um recorte de uma situação que se agrava a cada dia que passa. Localizada em área central da cidade, a cadeia pública é um risco aos moradores e comerciantes do entorno. Porém, há muito tempo se reivindica para que seja feita a transferência do cadeião.
Embora o recurso para a construção da Casa de Custódia em Guarapuava esteja previsto no Orçamento do Governo do Estado para 2020, nada se concretizou. A garantia foi dada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) à deputada Cristina Silvestri (Cidadania) em 20 de agosto de 2019. Por fim, de acordo com a Sesp, o valor de R$ 20 milhões permitirá uma obra que vai acolher 752 presos.
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