22/08/2023
Educação Em Alta Guarapuava Política

Comissão vai acompanhar desenrolar de estágio para Medicina

Se acordo assinado em 2022 entre a Funeas e a Unicentro tivesse sido efetivado, não haveria esse problema no curso de Medicina

Acadêmicos na Câmara (Foto: DirCom/Câmara)

Ainda não há uma solução para o pagamento de médicos que possam supervisionar estágios do curso de Medicina da Unicentro. Embora a sessão da Câmara dessa terça (27) tenha contado com  acadêmicos, professores e o reitor Fábio Hernandes, o impasse continua. O fato é que os acadêmicos de Medicina precisam do estágio obrigatório. A Unicentro precisa viabilizar essas aulas práticas para ter o curso reconhecido pelo Ministério da Educação. A obrigatoriedade é essa ou o curso pode paralisar, conforme colocou o professor e médico Abrão Melhem Junior.

Na sessão dessa terça, vereadores aprovaram um requerimento ao prefeito Celso Góes. A sugestão é que se crie uma ‘bolsa’ para pagar médicos e com isso a preceptoria ocorrer. De acordo com líder da bancada do prefeito, o ‘decano’ Elcio Melhem, esse pagamento pode ter implicações e incorrer em casos de improbidade administrativa. Para acompanhar e provocar esse debate na busca de solução, o presidente Pedro Moraes vai instituir um Comissão Para Assuntos Relevantes.

Na tarde de hoje os vereadores Rodrigo Crema, Professor Saulo e Gilson da Ambulância vão coordenar a participação de outros vereadores. “Essa comissão vai agendar reunião com o prefeito, com a Procuradoria do Município, com quem necessário for, até achar uma solução”.

Acadêmicos de Medicina lotam a Câmara (Foto: DirCom/Câmara)

NO ÂMBITO INTERNO

O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Bona, disse ao Portal RSN que essa questão se trata no âmbito interno da Universidade. “Houve solicitação por parte da Unicentro para que eu articulasse com à Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná (Funeas). Era para fazer articulação de modo que na contratação de médicos para o Hospital Regional estivesse previsto o compromisso com a preceptoria. Isso eu fiz”.

Na sessão de ontem na Câmara, o reitor Fábio Hernandes disse que, além da Universidade não ter dinheiro para esse fim, também está impossibilitada legalmente. Isso porque os médicos não são funcionários da Instituição, são contratados pelo Município. Ele entende que seria necessária uma parceria com o Município. O Prefeito Celso Góes afirma que o Município não tem base legal para isso.

Ainda em relação à Funeas, em setembro de 2022, a Unicentro e a Fundação Estatal assinaram um acordo de cooperação técnica. Conforme o termo, o acordo formalizava a disponibilização da estrutura física, equipamentos, materiais e a utilização do local como Hospital-Escola da Unicentro.  Nessa época a Funeas administrava o HR, mas agora outra empresa está na administração do hospital. O Portal RSN tentou contato com o secretário de Saúde, Beto Preto e com o diretor da Funeas, Marcello Machado. Entretanto, não houve retorno.

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Cristina Esteche

Jornalista

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