22/08/2023


Guarapuava Segurança

Denúncia do MP contra jovem que matou Wycaro é aceita por juíza

Entretanto, a juíza Paôla Gonçalves Mancini indeferiu o pedido de prisão preventiva por entender que não há elementos que exijam a restrição de liberdade

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Denúncia do MP contra jovem que matou Wycaro é aceita por juíza (Foto: Arquivo/RSN)

Após mais de um ano do assassinato do jovem religioso Wycaro Elias Domingues de Deus, o Ministério Público ofereceu a denúncia contra Weliton Marcos Chimiloski. O MP entendeu que Welinton praticou crime qualificado pela traição.

Porém, a juíza da 2ª Vara Criminal de Guarapuava, Paôla Gonçalves Mancini, indeferiu o pedido da prisão preventiva de Weliton ,embora tenha acatado a denúncia. O jovem que possui residência fixa, se entregou espontaneamente à polícia e assumiu a autoria do crime.

Embora o indeferimento tenha provocado desconforto aos advogados Thales Luan Domingues e Násser Vinícius Lima Zanovelli, assistentes da acusação, há um outro fato. Os criminalistas asseguram que existe no processo indícios de outra qualificadora.

“Nada impede que durante o transcorrer processual, caso o representante do Ministério Público forme convicção no mesmo sentido, seja incluída mediante aditamento da peça acusatória”.

De acordo com Thales e Násser, agora será a vez do acusado apresentar sua resposta à acusação. Só assim, será designada a audiência de instrução.

Oportunamente, esperamos que o denunciado seja pronunciado e submetido ao julgamento pelo Tribunal do Júri. Uma coisa é certa, lutaremos arduamente para que seja feito justiça pelo bárbaro caso envolvendo o assassinato de Wycaro Elias Domingues de Deus.

‘PEREGRINO DO AMOR’

Durante a maior parte da sua caminhada solidária e religiosa o ‘Peregrino do Amor’, como era chamado Wycaro, desenvolvia projetos socais, em especial com usuários de drogas. Mas, o trabalho social que já durava 10 anos, estendia-se a alcoólatras, depressivos e pessoas em qualquer situação de risco.

Pela sua dedicação a esse público, o padre Jean Patrick disse que o jovem possuía um “ar de santidade” e que tinha o orgulho de ter conhecido um santo em vida.

Pela sua trajetória, o jovem continua recebendo homenagens póstumas. Ele já denomina uma das ruas do bairro Industrial Xarquinho, onde morava. Procissões luminosas, carreatas e celebrações religiosas, mensalmente relembraram a trajetória do jovem missionário.

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Cristina Esteche

Jornalista

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