Após quase três anos da morte da advogada Tatiane Spitzner, começa na manhã desta terça (4) no Fórum de Guarapuava, o julgamento de Luis Felipe Manvailer, acusado de matar a mulher, a advogada Tatiane Spitzner. O júri foi remarcado após o cancelamento da última sessão no dia 10 de fevereiro, quando a defesa do réu abandonou o plenário após o júri ter negado a utilização de materiais que não estavam nos autos do processo.
No momento, o juiz considerou o ato da defesa como “abandono injustificado de plenário”. Assim, determinou multa 100 salários mínimos para cada advogado de defesa. Contudo, a 1ª Câmara Criminal Tribunal do Justiça do Paraná (TJ-PR) retirou por unanimidade na quinta (29), a multa aplicada.
Além disso, o juiz Adriano Scussiatto da 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri de Guarapuava definiu a nova data. Esta é a terceira vez que o júri popular de Manvailer é remarcado. Em um primeiro momento, estava agendado para 3 e 4 de dezembro de 2020. No entanto, após um advogado da defesa do réu ter diagnóstico positivo para covid-19, o julgamento passou por adiamento para 25 de janeiro. Nesta data remarcada, a defesa de Manvailer afirmou incompatibilidade com o dia. E por fim, o júri que ocorreria no dia 10 de fevereiro foi suspenso.
O JULGAMENTO
Luis Felipe Manvailer segue preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) desde o dia seguinte da morte da advogada Tatiane Spitzner. O júri chegou a ser considerado um dos maiores da década no Brasil por conta da complexidade. A acusação aponta que Manvailer cometeu feminicídio qualificado por morte mediante asfixia e meio cruel, além de fraude processual, na madrugada de 22 de julho de 2018.
Ademais, a defesa afirmou que trará novidades e que os vídeos não exibidos na última sessão estão anexados ao processo. Rodrigo Crema deve depor desta vez. Ele não esteve no plenário em 10 de fevereiro pois estava em viagem. Além disso, a acusação explicou que os advogados de Manvailer deveriam ter juntado os vídeos ao Projudi antes da sessão anterior. Com o abandono e adiamento da sessão, abriu-se a possibilidade para juntassem esses vídeos.
O CASO
Luis Felipe Manvailer afirma que Tatiane se jogou da sacada do edifício onde o casal morava. Após a queda do quarto andar do edifício na madrugada de 22 de julho de 2018, o acusado recolheu o corpo de Tatiane, limpou marcas de sangue do elevador e fugiu, momento antes da chegada da polícia. Por fim, todas as câmeras de segurança flagraram a ação.
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