Em um novo boletim epidemiológico de febre amarela, a Secretaria de Estado da Saúde divulgou nessa quarta (29), 32 novas mortes de macacos no Paraná. Entre elas, a primeira morte foi confirmada em Pinhão, na Região de Guarapuava.
Das 854 notificações de mortes de macacos, 260 foram por febre amarela, 97 seguem em investigação, 84 foram descartadas e 413 ainda não foram determinadas.
São 22 Regionais de Saúde no Paraná e apenas a 8ª Região de Saúde, localizada em Francisco Beltrão, não possui notificação. Na 6ª Regional de União da Vitória, está concentrado o maior número de notificações, sendo 267 e 84 confirmações. Além de Pinhão, Agudos do Sul e Jaguariaíva apresentaram a primeira confirmação.
Já são 260 primatas afetados letalmente pela febre amarela desde julho de 2019, quando os casos começaram a aparecer. Em Bituruna, sete casos foram confirmados, e em Turvo 10.
Porém, é importante lembrar que o animal não transmite a doença para pessoas, mas nos alerta que o vírus está circulando pelo Estado. Sendo assim, ainda não foram registrados casos de humanos infectados nesse período, mas a Secretaria apela para que a população tome a vacina.
O MACACO É VÍTIMA
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde em Guarapuava, a febre amarela silvestre é uma doença infecciosa febril aguda. É causada pelo vírus da febre amarela. Assim, é transmitida por mosquitos do gênero Haemagogos a pessoas não vacinadas que entram áreas rurais, matas, rios, parques, reservas ou localidades que já tem casos confirmados da doença.
Todavia, a forma urbana da doença é quando ocorre transmissão da mesma pelo Aedes aegypti. Entretanto, isso não ocorre desde 1942. Por isso, os macacos são apenas ‘hospedeiros’ e não são transmissores da febre amarela. Para o repasse é preciso que o animal seja picado pelo Aedes aegypti e que o mosquito que também transmite a Dengue pique o ser humano.
O secretário da Saúde, Beto Preto, orienta que a população busque a vacina e se mantenha protegida. “A única forma de prevenir a doença é a vacinação, disponível para toda população em todas as Unidades Básicas de Saúde do Paraná. Uma única dose protege por toda a vida”.
Por fim, é preciso esclarecer que os animais não devem ser mortos.
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