22/08/2023

Helvio Campos, percepções do mundo transformadas em arte

Os trabalhos do artista podem ser acompanhados pelo Instagram. As telas apresentam percepções de Helvio que são unidas por cores e traços

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Por volta de oito anos atrás, Helvio Campos descobriu o amor pela pintura. De acordo com o artista, Vincent Van Gogh foi a primeira inspiração. As pinceladas, as cores, as combinações e composições do pintor despertaram o interesse de Helvio pela tinta e pelo pincel. Ao iniciar o mestrado em Letras, o artista analisou alguns poemas de Manoel de Barros em que ele tratou especificamente de Van Gogh e em outros que envolviam os procedimentos relacionados entre pintura e poesia.

Então, acho que posso dizer que já intuía minha prática artística de um modo relacional. Algumas coisas que escrevo hoje são maneiras de refletir ou, simplesmente, de contemplar a arte e a vida usando outro vocabulário. E, também, refletir sobre a pintura em si, que é a linguagem que tenho praticado mais.

Para Helvio, os pintores, a vida, a natureza e a sociedade, são algumas inspirações que o motivam a pintar. Ele comenta que a inspiração também surge quando os sentidos são aguçados. Mas, também recebe sugestões e pedidos. “Uma vez me pediram pra pintar com o tema ‘leitura’ em mente. Então, eu pintei a modelo sentada numa poltrona com o ponto de interesse nas mãos, que gesticulavam a passagem de páginas de um livro, mas sem o livro ali, só o gesto”. A música popular brasileira também é uma inspiração para Helvio. Bem como, movimentos artísticos como o expressionismo, o realismo russo, entre outros que o instigam a usar a criatividade.

(Foto: Redes sociais)

A ARTE COMO SIGNIFICADO

Para mim, significa um modo de ver o mundo, que não é o próprio viver, embora o seja. Parece contraditório, mas é algo que é a própria vida, criação de objetos reais, um quadro, uma peça, um espetáculo de dança, um livro, uma música, uma dança popular, entre outros. São passíveis de fruição e interação, que podem influenciar na vida das pessoas, mas também geram realidades não vistas, não explicadas, e sem funcionalidade prática. É mais ou menos isso, fazer a gente passear por lugares que nunca andamos, mesmo que pensemos ter andado por eles. A arte é indispensável e inútil ao mesmo tempo. A arte funde as realidades práticas às mentais.

(Foto: Redes sociais)

O artista pinta com tinta à óleo e comenta que o produto facilita o processo porque a tinta tem um tempo maior para secagem e permite que o pintor faça correções com mais facilidade. Mas a tinta aquarela também é uma opção, assim como a acrílica. No entanto, elas dificultam as correções.

Os interessados em conhecer o trabalho podem entrar em contato pelo Instagram.

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Sabrina Ferrari

Jornalista

Graduada em Jornalismo pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) em 2018. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Letras da Unicentro. Possui experiência na área de reportagem, com ênfase em textos mais voltados para cultura, moda, turismo e comportamento.

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