22/08/2023
Guarapuava

Covardia coletiva à escuridão da imbecilidade

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Estupram a vida e os sonhos num grupo de brutamontes.
Escracham a covardia neste mundo sem lei, nestas mentiras deslavadas.
Destroem a feminilidade na brutalidade vil e carniceira.
Estrangulam todas as verdades, todas as leis e arremedos de alegria…

Nada de homem, nada de humano carregam. São zumbis do mal.
São máquinas insensíveis, feras brutas. Bichos fétidos e peçonhentos.
A candura sequer passou perto destes seres. Sobressaiu-se a traição.
Entorpecidos pela desgraça, acabam com vidas e amores.

Esqueceram que também são vivos que são humanos. Muitos mamaram.
Assinaram o atestado de perversão com base em pensamentos muares.
Na coletividade, somam-se às mazelas desta vida bruta. Riem de escárnio.
Castram sonhos que se esvaem no sangue inocente que tiram de alguém anestesiado…

Prazeres diabólicos são o que sentem víboras que assim agem.
Descontam os desafetos, a impotência em quem nada deve.
Abusam de alguém dopado pelas drogas da desgraça.
Escracham as vida. Chafurdam os restos nas mazelas que geram.

Exibem o medo como troféus, pois têm certeza da impunidade.
Mostram que são serpentes venenosas nas redes sem fronteiras.
Machismo que rege muitos pensamentos bestiais. Têm coniventes.
Sangue que escorre na imolação covarde e insossa de uma inocente…

Corpos assim são impermeáveis à misericórdia.
Tecem explicações em torno do inferno que promovem.
A cada respirar destes seres, a chama da podridão que se acende.
A morte em agonia seria luxo ante seus merecimentos.

Não falar da desgraça promovida seria consentir com o crime.
Quem a tudo assiste sem agir, é conivente e merece a morte. Lenta.
Covardia precisa ser decepada como quem degola uma cobra.
Bichos peçonhentos devem ser extirpados, banidos do mundo.

E o que você fez até agora? O que você fará daqui em diante?
Não basta tecer comentário, é preciso que aja e que grite.
Silêncio pode ser entendido como assentimento, como conivência.
Não amordacem, por favor, nenhuma intenção de justiça.

Se quiser ser chamado de homem, de humano, faça por merecer.
Tomemos, pois as dores de quem já perdeu a voz pedindo socorro.
Olhos abertos e sede de justiça necessitam pairar sobre todos.
Toda impureza e mazela precisam ser incineradas no fogo do amor.

Punhos precisam ser cerrados contra a injustiça, contra a covardia.
Que haja redenção sobre o sague derramado do corpo conspurcado.
Ao grupo de bestializados, o desprezo e a dor do cárcere perpétuo.
No bolor de um subterrâneo infernal, que o mármore fervucente corroa tudo na dor.

*Jossan Karsten é jornalista, escritor e poeta. Mora em Guarpuava e é a simplicidade em pessoa. Quando escreve, desafia, provoca, questiona e responde.

Cristina Esteche

Jornalista

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