Da Redação, com AEN
Curitiba – Dados da Secretaria de Estado da Saúde mostram que, em 2016, o Paraná registrou 9.306 internações na rede pública de saúde, decorrentes de acidentes de trânsito. Foram 2.692 mortes. No mesmo período, o Detran-Pr registrou que 61.200 veículos se envolveram em acidentes de trânsito com vítimas no Estado.
“Os dados preocupam e evidenciam a necessidade de conscientizar a população sobre as causas dos acidentes e as maneiras para diminuí-los”, enfatiza o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.
No ano passado, o custo com internações por acidentes de trânsito ultrapassou R$ 12,7 milhões. Os índices são referentes à primeira entrada no hospital e não consideram necessidades futuras, como próteses ou tratamentos prolongados. “Por causa de alguns segundos de distração, toda a vida da pessoa é alterada. Isso gera um custo social que é muito mais maior do que o custo médico. Quanto vale a vida de uma pessoa que se acidenta e não consegue mais exercer sua profissão”, diz o diretor de política de urgência e emergência da Secretaria da Saúde, Vinicius Filipak.
HUMANA
Uma das maiores causas dos acidentes é a falha humana. O descuido, o excesso de velocidade e confiança e os exageros na mistura de álcool e direção fazem com que o comportamento social seja um dos principais fatores deste problema.
“Um comportamento mais adequado do cidadão que usa o veículo e do pedestre evitaria 95% dos acidentes de trânsito”, afirma o diretor do programa Paraná Urgência, da Secretaria da Saúde, Vinicius Filipak.
As referências científicas internacionais mostram que 50% das vítimas de acidentes de trânsito morrem na hora do acidente, 30% morrem entre quatro e seis horas após o ocorrido e 20% entram em óbito por complicações após a internação.
MOTOCICLETAS
Do total de acidentes com veículos envolvendo vítimas no Estado, cerca de 32% foram com motocicletas (20.105 casos), conforme dados do Detran. Destes, segundo o SUS, 3.656 geraram internamentos e 642 resultaram em morte do condutor, colocando-as em segundo lugar no ranking dos acidentes.
Uma das causas de tantos acidentes com motocicletas se deve a popularização e facilidade de aquisição destes veículos. Com o aumento de motocicletas nas ruas, também foi necessário redobrar a atenção no trânsito.
“O grande problema é que se trata de um veículo veloz e vulnerável. Percebemos que muitos condutores não respeitam o Código de Trânsito e extrapolam a segurança, colocando suas próprias vidas em risco”, destacou o tenente do Batalhão de Trânsito, Ismael Veiga.