Da Redação, com Agência Brasil
São Paulo – O brasileiro é generoso e se sente bem ao exercer a generosidade. A pesquisa Country Giving Report Brasil, feita pela Charities Aid Foundation, instituição ligada à caridade sediada no Reino Unido, revela que 68% dos brasileiros fizeram alguma doação em dinheiro no último ano e metade deles foi movida pelo desejo de bem-estar pessoal. O levantamento ouviu 1.313 maiores de 18 anos com acesso à internet distribuídos por todo o país.
“Os brasileiros estão engajados nas causas sociais e dispostos a contribuir para a solução de problemas”, disse Paula Fabiani, diretora-presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis), voltado ao apoio ao investidor social e que foi responsável pela realização na pesquisa no Brasil.
Segundo o estudo, feito entre junho e julho deste ano, cada doador desembolsou em média R$ 250 nos últimos doze meses. Se entre os que ganham mais os valores doados são maiores, quem tem rendimento menor fez doações proporcionalmente mais generosas.
Em outras palavras, na faixa dos que recebem mais de R$ 100 mil ao ano, a média doada foi de R$ 352, enquanto aqueles cuja renda é inferior a R$ 10 mil anuais doaram R$ 120 em média. Este ano o levantamento não avaliou o montante total doado pelos brasileiros, mas a pesquisa anterior, realizada um ano antes, chegou a R$ 13,7 bilhões.
DINHEIRO PARA ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
Quase metade dos doadores (49%) declarou ter doado para organizações religiosas, tanto para as igrejas diretamente quanto para projetos desenvolvidos por elas. Em seguida, aparecem doações a trabalhos dirigidos às crianças (42%) e aos pobres (28%).
Pouco mais da metade dos pesquisados (52%) realizou trabalho voluntário nos últimos 12 meses. Nesse quesito, o apoio a organizações religiosas também liderou (40% ) e os jovens de 18 e 24 anos foram os que mais participam (39%).
Além da satisfação pessoal, outros motivos que levam o brasileiro a doar são a defesa de uma causa (41%) e a crença de que todos devem ajudar a resolver os problemas sociais (40%).