Cerca de 1,2 mil pessoas, entre posseiros, quilombolas e trabalhadores rurais sem terra, estão mobilizadas e devem fazer uma caminhada pelo Centro do município de Pinhão, entre às 11h e 12h, desta terça feira (17). Depois seguem para concentração ao Fórum da Comarca onde, às 13h de hoje, haverá ato de conciliação sobre a área da comunidade Alecrim.
Caso a proposta levada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Governo do Estado não seja viável para as 22 famílias que vivem na área a trégua dada pelos posseiros ontem, segunda (16), acaba.
“A gente ia fechar a PR-170, mas recuamos a pedido da governadora Cida Borghetti. Ela pediu que a gente esperasse a audiência de hoje que vamos ter uma boa notícia”, disse o posseiro Nelson Florentino dos Santos.
O movimento promete fechar a PR-170, a BR-277 e a PR-459, que liga Pinhão a Reserva do Iguaçu, onde há o acampamento dos quilombolas. Caso sejam fechadas, os manifestantes falam que a ação será por tempo indeterminado.
Um novo acampamento já foi montado nas proximidades da ponte sobre o Rio Pinhão, em Guarapuava. Para os posseiros, somente interessa a permanência definitiva na área que pertence às indústrias de João José Zattar.
Estarão em Pinhão, para tentar solucionar o conflito fundiário que se arrasta desde a década de 1990, representantes do Incra, do Governo Federal, além de lideranças políticas.