22/08/2023
Política

OS CARA DE PAU

Da redação –  Carta que circula pela Internet e que foi encaminhada à Rede Sul de Notícias por um cidadão identificado como Jorge Lopes:

OS CARA DE PAU

“Os Caras de pau” é um seriado da Rede Globo, apresentado aos domingos, onde dois personagens fazem um festival de mentiras e armações na maior cara de pau.
Depois de ler a reportagem na “RedeSul”, informando que o Bê, caçula do prefeito Fernando Carli, foi apresentado como “diretor” da 92 FM na festa do Dia do Trabalhador, a analogia com os caras de pau surgiu automaticamente.
Para justificar a presença do Bê em palanques oficiais (ou seja, em solenidades pagas com dinheiro público), antes o Carli anunciava o menino como “autoridade”. Na maior cara de pau.
Todo mundo sabe, até os restos mortais do Diogo Pinto de Azevedo Portugal e do Padre Chagas, que, de autoridade, o filho mais novo do prefeito não tem absolutamente nada.
A única experiência pública de Bernardo Ribas Carli se encerrou muito antes que a de seu mano, o ex-deputado Fernando Carli Filho.
O Bê era funcionário comissionado do irmão na Assembléia Legislativa do Paraná e foi defenestrado de lá por força de uma sentença judicial, que impede o nepotismo em órgãos públicos. Mesmo sabendo da existência da lei, o Bê e o mano Carli Filho lutaram com todas as forças para manter a prole carlista unida às custas do dinheiro do Estado, mas a Justiça falou mais alto.
De “diretor” da 92 FM, esta é foi a maior novidade ou a “pérola” no Dia do Trabalhador.
Como veio à tona na presença do pai e prefeito, a história ficou meio disforme. Que fim levou, então, o Fernando Carli Filho, que tinha assumido oficialmente a direção da emissora? E a Néris – que, de fato, sempre foi a administradora do reduto radiofônico da Família Carli – foi novamente para escanteio?
Num evento festivo, patrocinado pela Prefeitura, a participação do Bê, entregando troféus e com direito a ser chamado pelo nome pelas caixas de som, certamente que tal iniciativa requer uma justificativa.
Podemos supor que, verdadeiramente, o Bê agora é diretor de uma emissora de rádio. Pois bem: o que isso tem a ver com a Pescadoria do Dia do Trabalhador, uma festa promovida há décadas pela Prefeitura e paga com os impostos do povo guarapuavano?
Soa como uma fajutice, um arranjo de última hora, um desrespeito à inteligência do povo. Assim, digamos, na maior cara de pau.
Se a moda pega, ou a cidade afunda de vez ou os postos de saúde vão ter que disponibilizar anti-cupim nas farmácias populares.
É muita cara de pau. "

Cristina Esteche

Jornalista

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