22/08/2023
Política

Governo vai instituir programa Leite do Paraná para escolas e hospitais

Da redação (com AEN) – Os sete anos do Programa Leite das Crianças foi um dos destaques da Escola de Governo desta terça-feira (18) no Museu Oscar Niemeyer. Responsável pela sua elaboração, ainda quando secretário de Agricultura e do Abastecimento, Orlando Pessuti, hoje governador do Paraná, fez questão de destacar a participação de todos os setores que auxiliaram e se envolveram na sua implantação e sucesso. “É com satisfação que afirmo hoje que esta ação não é mais somente um programa de governo, mas passou a ser um programa de Estado”, disse Pessuti, fazendo referência à aprovação por parte da Assembleia Legislativa ao projeto que determinou que o Programa Leite das Crianças seja constitucionalmente obrigatório no Paraná.

Pessuti anunciou que, em decorrência de todo o trabalho bem-sucedido realizado até o momento pelo Leite das Crianças, o Governo vai instituir um novo programa no Estado, o Leite do Paraná. “Vamos agora estender o leite pasteurizado, em substituição ao leite em pó para as nossas escolas públicas, hospitais, centro de socialização educacional e penitenciárias”, disse o governador.

Atualmente o repasse do leite pasteurizado do Leite das Crianças é feito diariamente para 160 mil crianças com idade entre 6 e 36 meses, em todos os 399 municípios do Estado, por meio de 411 comitês gestores. “Atendemos mais de 1,2 milhão de crianças no Paraná, com 345 milhões de litros de leite nestes sete anos de existência do programa”, lembrou Pessuti, ao destacar que já foram investidos R$ 346 milhões em toda a estrutura para sua manutenção.

Para o secretário de Agricultura e do Abastecimento, Erickson Chandoa, o sucesso desta ação de governo se deve não só ao alcance social que ela representa, como também na reestruturação e equilíbrio da cadeia leiteira que o programa criou no Estado. Segundo ele, o Leite das Crianças foi decisivo para o combate à desnutrição e a melhoria da alimentação de milhares de crianças pobres no Paraná. “Mas também economicamente foi importante para a bacia leiteira do Estado, que voltou a ter a sua real importância no setor agropecuário paranaense”, afirmou Chandoa. Ele também destacou a participação de outros setores do governo neste processo. Além da Secretaria e da Emater, participam do programa as Secretarias do Trabalho, Emprego e Promoção Social; da Educação; da Saúde e de Planejamento.

O secretário ressaltou o trabalho conjunto realizado com as prefeituras municipais, produtores, cooperativas e laticínios. “Temos hoje um grande envolvimento destes agentes. São 13 mil produtores que fornecem o leite para o programa, que é processado e distribuído por 68 laticínios no Estado”, diz Erickson Chandoa explicando que neste processo está incluído o Conselho Estadual do Leite – Conseleite, que também em parceria com as entidades, como a Faep, auxiliam na política de preços para o setor leiteiro o Paraná.

FUNCIONAMENTO – Na avaliação do coordenador estadual do Leite das Crianças, Osmar Buzinhani, o programa tem atingido os seus objetivos principalmente no trabalho conjunto e permanente feito pelo governo estadual, prefeituras municipais e sociedade. “Os 411 comitês gestores que estão atuando nos 399 municípios do Paraná são co-responsáveis neste trabalho diário de fiscalização e gerenciamento em repassar para as crianças cadastradas junto ao programa”, explica Osmar Buzinhani. O Leite das Crianças envolve toda a comunidade, escolas municipais e estaduais, igrejas, associações de moradores, uma vez que é distribuído em mais de 2.400 pontos, em todo o Estado.

O programa é destinado a crianças pobres, de seis meses a três anos, de famílias com renda per capita mensal inferior a meio salário mínimo. Diariamente, as crianças cadastradas recebem um litro de leite “barriga mole” (saquinho), enriquecido com vitaminas A, D e ferro. Buzinhani lembrou também do trabalho da melhoria da qualidade do produto produzido no Estado, seja através das análises de leite feitas em parceria com a Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa – APCBRH/UFPR, como ainda do papel do Laboratório Central do Estado – Lacen, através das Vigilâncias Sanitárias municipais nos mais de 2.500 refrigeradores que armazenam o leite nas escolas estaduais, que são os pontos de distribuição.

Cristina Esteche

Jornalista

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