22/08/2023
Cotidiano

“O prefeito trata com descaso o servidor público”, afirma Clair Rodriguez

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“DÊ UM BASTA AO DESCASO! REPOSIÇÃO SALARIAL JÁ!”, foram as palavras de ordem na manhã deste sábado (22), na Rua XV de Novembro, em frente a Praça 9 de Dezembro. Pela luta por melhores condições de trabalho, os funcionários públicos de Guarapuava colocaram a “boca no trombone” e gritaram pelas perdas salariais ignoradas há mais de quatro anos pela administração municipal.
Guarapuava tem hoje em torno de quatro mil servidores concursados, fora estagiários e cargos de comissão. Desse montante, 1,6 mil são filiados ao Sindicato dos Servidores Públicos de Guarapuava (SISPPMUG).
Para a funcionária pública, Regina Kátia Ribas Campos Santos, o ideal seria um reajuste salarial digno que contemple a exigência de um trabalho de qualidade e que a população guarapuavana merece. “Será que nós servidores, pessoas humanas, qualificadas, concursadas, não merecemos um reajuste?”, indaga. A professora se dirige ao prefeito Fernando Ribas Carli: “Senhor prefeito o descaso com o funcionário público também é um descaso com a população. Por isso nos servidores exigimos da administração municipal a implantação imediata de uma política séria e a recomposição das perdas salariais. É nosso direito”. E completa afirmando que é o que precisam para festejar a Guarapuava do futuro, a Guarapuava dos 200 anos.
Os funcionários tiveram uma mínima reposição nos salários em 2006, e desde então, os salários permanecem os mesmos. De acordo com a presidente do Sisppmug, Clair Simões Rodriguez, inúmeros ofícios foram encaminhados para o prefeito e nunca obtiveram resposta. A justificativa é a mesma há muito tempo: de que  a Prefeitura está no limite dos gastos. Cleri declara que a justificativa é "mentirosa". Afirma que a Prefeitura gasta com a folha de pagamento em torno de 46%. “Se estivesse em torno dos 52% nos entenderíamos. Mas temos acompanhado é não é verdade. Fechamos o quadrimestre com a tranquilidade de 6%, que poderia ter repassado aos servidores”, observa.
Segundo Clair Simões Rodriguez, não existe amenor chance de diálogo entre o Sindicato e o prefeito. “O prefeito não reconhece a legitimidade do Sindicato e trata com descaso o servidor público”, enfatiza. Ela avisa que se o prefeito não os receber pode se preparar para uma possível greve. Durante a semana  os funcionários irão se reunir com o Sindicato para decidir uma data.
Clair lembra que o Sindicato representa todos os funcionários públicos filiados ou não. Serventes, merendeiras, guardiões, enfermeiras, professores, entre outros. Conta que o salário destes trabalhadores é o mínimo. “Os servidores só têm reajuste quando o governo federal altera o mínimo. "
 
Na foto, a professora Regina Kátia Ribas Campos Santos: “Exigimos da administração municipal a implantação imediata de uma política séria e a recomposição das perdas salariais. É nosso direito”
 
Texto e foto: Andréa A. Alves

Cristina Esteche

Jornalista

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