O Paraná exportou 11,1 mil toneladas de suínos para o mundo em abril, com valor de US$ 23 milhões. Esse volume representa crescimento de 73,3% em peso acumulado, em relação ao mesmo mês de 2018, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
O Estado é o segundo maior produtor e o terceiro maior exportador de suínos do Brasil. Esse salto no mercado internacional em abril ajudou a engordar também os índices nacionais. Em abril de 2019, o Brasil exportou 57,2 mil toneladas e US$ 118,7 milhões, crescimento de 44,8% e 47,8%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2018.
O saldo acumulado das exportações do ano (janeiro a abril) no Estado também é superior em relação ao primeiro quadrimestre de 2018, com crescimento de 10,7%, salto de cerca de 3,4 milhões de toneladas. Os maiores compradores do ano foram Hong Kong, Uruguai, Cingapura, Argentina e África do Sul. Os países asiáticos consomem mais de 50% da cadeia produtiva da suinocultura paranaense.
De acordo com Edmar Wardensk Gervásio, técnico do Deral, os números apontam para um momento positivo depois de um primeiro trimestre regular. “O mercado se abriu um pouco mais com a crise da peste suína em países asiáticos, e o Paraná, com o crescimento acumulado do quadrimestre, mostra que pode crescer ainda mais na segunda metade do ano”.
O Brasil embarcou 58,1 mil toneladas de suínos em maio, aumento de 35% comparativamente a 2018, o que deve se refletir em novo crescimento do Paraná – o balanço oficial regional só será apresentado na segunda quinzena deste mês.
A indústria paranaense está se esforçando para aumentar a produção de frangos e suínos nos próximos meses. Segundo o secretário de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, esse movimento de curto prazo tem a ver fundamentalmente com a questão sanitária da China, principal mercado consumidor de suínos do mundo.
“Com o problema sanitário da China, o setor de frango pode crescer em torno de 10% no Paraná e o setor de suínos em torno de 20% neste ano. Temos frigoríficos com capacidade para triplicar a produção”, destacou. “O mercado de suínos teve um 2018 fraco, com preços ruins, e agora houve uma inversão positiva. Estamos aproveitando essa oportunidade porque temos qualidade e capacidade de produzir”.