A morte de Tatiane Spitzer, completa dois anos essa semana. A advogada foi agredida e lançada da sacada do apartamento onde morava com o marido Luis Felipe Manvailer. Ele é o principal suspeito do crime que ocorreu na madrugada do dia 22 de julho.
Entre tantas idas e vindas, o suposto assassino e a defesa dele ainda insistem na tese de que a mulher teria se jogado do quarto andar de um dos prédios no Centro de Guarapuava. Ele foi preso horas depois do crime, depois de sofrer um acidente na BR-277 em São Miguel do Iguaçu.
A novidade é que depois de quase dois anos, a justiça determinou o júri popular de Manvailer. Assim, após retorno de recursos que eram analisados no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), a 2ª Vara Criminal de Guarapuava, determinou na sexta (17), que seja marcada a data para o júri popular de Luís Felipe Manvailer.
Assim, a 2ª Vara Criminal enviou o caso para a 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri, a quem compete marcar o julgamento. O réu, que segue preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), é acusado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por homicídio qualificado, feminicídio e fraude processual.
Em 19 de junho, após 12 horas de julgamento, os desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) negaram um pedido de habeas corpus e mantiveram a prisão preventiva de Manvailer.
VIOLÊNCIA
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Guarapuava, comprovou que Tatiane morreu por asfixia mecânica. O caso que teve repercussão internacional, deve servir de alerta para todas as mulheres que enfrentam violências todos os dias. Além disso, trouxe à tona a mudança de comportamento acerca de modismos como o que diz que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”.
Além disso, o surgimento da pandemia de coronavírus e a imposição de isolamento social, fez com que a incidência de casos de mulheres em situação de violência crescessem de forma rápida. Diversos programas de denúncias e conscientização foram implementados em todo o país.
EM GUARAPUAVA
A Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres deu início no mês de julho, a uma campanha que busca conscientizar tanto as vítimas de violência contra a mulher, quanto aqueles que estão próximos e podem ajudar, principalmente, em meio a pandemia e tempos de distanciamento social: os vizinhos.
Dessa maneira, as equipes da Secretaria convidaram moradores de condomínios residenciais e comerciais a atuarem como aliados no combate à violência doméstica. Os apartamentos estão sendo visitados e os moradores estão recebendo cartazes informativos mostrando como buscar ajuda.
Ao longo do mês, a ação vai percorrer cerca de 200 edifícios do município para alertar a vizinhança sobre os sinais da violência doméstica.
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